A proliferação da transformação digital, da internet, da web 2.0, da mobilidade e da Internet das Coisas, está a acelerar a disseminação do conceito de empresa em tempo real. Este conceito já não se aplica apenas às operações que oferecem suporte à análise e tomada de decisões estratégicas nas empresas, mas passou a incluir todo e qualquer processo da atividade diária, desde a interação com os clientes aos pontos de venda; dos cálculos de disponibilidade dos stocks até à planificação da procura.
Ainda que seja diferente em cada setor ou empresa, a implementação das estratégias empresariais ligadas ao modelo das empresas em tempo real deve ser sempre suportada por transformações significativas no campo das tecnologias de informação. Não obstante a lacuna que existe sempre entre a estratégia e a execução, a implementação das plataformas que irão suportar o negócio digital deve realizar-se sob a supervisão de uma empresa especializada, que tenha capacidade para fazer o alinhamento do vasto leque de possibilidades tecnológicas com os objetivos de cada empresa.
Existem vários exemplos que revelam os múltiplos contextos onde o conceito/modelo da empresa em tempo real pode ser essencial:
• No setor da saúde, por exemplo, a empresa Proteus Digital Health criou uma plataforma digital para a captação de informação através de sensores ingeridos pelos pacientes. Os dados gerados são captados por um recetor (um patch introduzido na pele), facilitando a tomada de decisões em tempo real sobre a medicamentação, a dosagem adequada e as possíveis reações médicas face à resposta fisiológica dos pacientes.
• A nível da segurança dos escritórios e das casas, a Securitas Direct selecionou a tecnologia da Oracle para o seu centro onde gere milhões de ligações e processamentos de sinais. Este contrato assegurou a gestão diária de mais de 100 milhões de dispositivos de segurança com sinais diferentes. Graças a esta nova tecnologia, a Securitas Direct migrou os seus sistemas críticos e construiu uma plataforma integrada e escalável, que oferece serviços de monitorização centralizados. O objetivo é aumentar a rapidez e a capacidade de processamento dos sinais enviados pelos alarmes instalados nos mercados europeu e latino-americano.
• No setor do retalho, há empresas que precisam de respostas em tempo real para várias funções, tais como a manutenção dos inventários e dos stocks, a sugestão de lojas nas proximidades que possam disponibilizar os artigos pretendidos, a otimização das promoções mediante a geolocalização, a otimização dos preços e dos descontos, etc.
Conceção da plataforma digital
No momento de desenhar as plataformas de TI, é preciso ter em atenção que os pilares essenciais à empresa em tempo real são: a Internet das Coisas, a Big Data e a Fast Data. Com base nestes três pilares, os catalisadores para a adoção de uma estratégia de empresa em tempo real estão relacionados com a procura de melhorias em quatro áreas de negócio fundamentais: a agilidade do negócio; a eficiência operacional; a diferenciação da concorrência; e a satisfação do cliente.
Na perspetiva de um departamento de sistemas de informação isto reflete-se essencialmente em:
• Reduzir os custos e os prazos necessários para integrar os vários sistemas/aplicações para dar resposta a novas necessidades, permitindo a modificação dos processos que suportam o negócio de forma rápida e simples.
• Dispor de uma visão unificada e acessível de todos os dados gerados/recolhidos nos vários sistemas e aplicações.
• Colocar a informação atualizada o mais rapidamente possível à disposição das aplicações que suportam a área operacional da empresa/negócio, independentemente de qual tenha sido a aplicação, o processo, a unidade de negócio, o fornecedor, a loja física, a filial, o país, etc, que tenha gerado a alteração dos dados.
A plataforma digital da Oracle para tempo real inclui elementos que permitem responder a quatro grandes objetivos:
➢ Captura dos dados/ informação em tempo real
A plataforma deve dispor de capacidade para capturar informação originada por vários dispositivos (dispositivos RFID, beacons, telefones móveis, etc). Neste grupo incluem-se soluções como: o Oracle Event Processing, o Oracle Device Management, o Oracle API Management e o Oracle Golden Gate, entre outras.
➢ Manutenção dos dados em memória acessível aos vários sistemas operativos
Este aspeto está relacionado com o conceito de Fast Data. Dentro deste grupo figuram soluções como o Oracle Coherence, que permite a implementação com a grid dos dados em memória. Nesta área é fundamental a sincronização automática entre a grid dos dados e as plataformas que os gerem (Oracle NoSQL DB e Oracle Database).
➢ Repositórios de dados (Hadoop, NoSQL e relacionais)
Com a utilização do paradigma da Fast Data é possível aceder em tempo quase real à informação atualizada dos dados críticos para o negócio. No entanto, os acessos a estes dados estão muito orientados à tomada de decisões em processos de negócio transacionais, e não apresentam um comportamento ideal para a execução de tarefas de análise descritiva ou/e prescritiva. Para este tipo de processamento, que exige o cálculo da informação agregada, a análise dos dados históricos, ou/e o cruzamento de informação proveniente de várias fontes, é preferível uma abordagem de Big Data. Nesta área destacam-se, e entre outras, as seguintes soluções: Oracle Big Data Appliance (BDA); Oracle Exadata; Oracle Database em Exadata; Oracle NoSQL enm BDA; e Cloudera em BDA.
➢ Garantir níveis mínimos de qualidade e segurança dos dados
Para responder aos requisitos que a implementação de uma estratégia de qualidade exige dos dados, a Oracle disponibiliza o Oracle Enterprise Data Quality e o Oracle Enterprise Metadata Management. Na área da segurança, há uma ampla gama de soluções para a criptografia dos dados (Oracle Advanced Security Option); para as políticas de gestão dos acessos (Oracle Data Vault e Oracle Virtual Private Database); para o data masking em ambientes de desenvolvimento e teste (Oracle Data Masking); e para auditorias (Oracle Audit Vault e Oracle Database Firewall). |