Migração para o Windows 10 será a mais rápida de sempre

O Windows 10 deverá tornar-se na versão mais instalada de sempre do sistema operativo, com a Gartner a apontar que vários fatores estão a impulsionar a migração, sobretudo a interiorização de que o fim do suporte ao Windows 7 chega em janeiro de 2020. “No mercado doméstico, o upgrade gratuito, combinado com um amplo suporte ao dispositivo e com atualizações automáticas, garante que haverá dezenas de milhões de utilizadores familiares com o sistema operativo antes do final de 2015”, aponta Steve Kleyhans, research vice president na Gartner. “Nos negócios, esperamos que a implementação seja significativamente mais rápida do que a observada com o Windows 7 há seis anos”.

A consultora fala também da “forte compatibilidade” do Windows 10 com aplicações Windows 7 e dispositivos, e de uma “elevada procura” por dispositivos dois-em-um. Isto deverá levar muitas empresas a planear o início de Windows 10 pilots na primeira metade de 2016, e a ampliar os seus deployments na reta final do ano. A Gartner espera que pelo menos metade das organizações tenham iniciado alguns destes deployments no início de 2017, com o objetivo de completar as migrações em 2019.

Três previsões para endpoints 

A Gartner prevê que em 2019 as empresas entreguem remotamente o dobro das aplicações, em comparação com 2015. “As empresas irão centralizar um conjunto de aplicações ao longo dos próximos três anos, de modo a potenciar computação independente de plataformas”, indica Nathan Hill, research director na Gartner. Uma vez que as aplicações específicas Windows são apenas 20 a 30 por cento do portfólio de aplicações, as empresas terão tendência a escolher opções de entrega independentes dos dispositivos.

No fundo, trata-se de continuar a recorrer a arquiteturas de entrega centralizadas para aplicações legacy, ao mesmo tempo que se percebe um ponto de viragem – no qual as aplicações de negócio críticas e dependentes de plataformas (que não podem ser substituídas) devem mudar para permitir uma computação centrada no utilizador, que evolua ao ritmo que este a solicita.

A Gartner prevê também que, em 2018, 30 por cento das empresas gastem mais em displays do que em PCs, à medida que o posto de trabalho se torna mais digital e que os utilizadores assim o exigem. “Todas estas tendências anunciam um novo local de trabalho, que é mais móvel, mais capaz de interagir de forma natural com humanos e, sobretudo, mais produtivo e seguro. O staff que presta apoio aos endpoints deve repensar o local de trabalho e trabalhar com os seus fornecedores de modo a re-arquitetar os standards”, diz Ken Dulaney, analista da Gartner. “Do ponto de vista do IT, o Windows 10 e a mudança das aplicações para o back end vai mudar de forma dramática o modo como essas aplicações são entregues aos colaboradores. As atualizações serão mais frequentes, mais graduais e menos óbvias para o end user. Os software vendors e o IT têm muito a fazer para se adaptarem a este novo modelo e para se afastarem do modelos de gestão dos atuais PCs”.

Outra previsão avançada pela Gartner aponta para que, também em 2018, os ecrãs táteis sejam um terço de todos os notebooks comercializados. Os preços deverão tornar-se cada vez mais competitivos na segunda metade de 2016.