“Já não estamos numa era de lançar um sistema operativo de três em três anos”. Foi assim que André Cardoso, diretor executivo do segmento de consumo da Microsoft, se referiu ao lançamento do Windows 10, no evento que deu a conhecer previamente o novo OS à imprensa. O objetivo, como o IT Channel havia já noticiado no início de maio, é ter o 10 instalado em mil milhões de dispositivos dentro de três anos, a nível mundial. Por cá, a tecnológica espera que sejam um milhão de máquinas até 2016.
Os números ambiciosos explicam-se pela filosofia por detrás do novo e definitivo Windows: um sistema operativo e uma plataforma única para todo os dispositivos, dos smartphones aos tablets, dos portáteis aos desktops, passando pelos terminais de IoT.
Como sublinhou Miguel Vicente, marketing manager developer experience da Microsoft, isto significa que não é só a interface que é a mesma (ainda que adaptada) em todos os dispositivos – o facto do sistema operativo ser o mesmo para todos os form factors facilita o trabalho dos developers e contribui para que todo o ecossistema de aplicações se desenvolva mais rapidamente, e com integração, o que justifica também a existência de uma única loja de aplicações a partir de agora.
Naquele que é o último grande lançamento do Windows, a Microsoft oferece o upgrade gratuito durante o primeiro ano, a partir de hoje, dia 29, nas versões Home e Pro, em dispositivos que tenham Windows 7, 8 ou 8.1. Depois de instalado nestes equipamentos, o novo sistema operativo e os seus updates de funcionalidades permanecem gratuitos para sempre (durante a vida útil dos mesmos), de acordo com o que indicou Rita Santos, diretora do Windows na Microsoft.
Os utilizadores que pretenderem um serviço de instalação personalizado poderão fazê-lo nos dias 29, 30 e 31 de julho, de forma gratuita, junto de retalhistas associados (Auchan, El Corte Ingles, FNAC, Rádio Popular, Staples e Worten). Estará depois disponível de forma permanente, com um custo a partir dos 19€.
"Apesar do upgrade gratuito estar disponível, pode haver utilizadores que desejem uma versão integral do Windows 10, como por exemplo quem tiver versões de Windows não-genuínas ou PC’s sem qualquer sistema operativo instalado. Para esses, a versão integral do Windows 10 estará nas principais cadeias de retalho, a partir de 20 de agosto", sublinha a Microsoft em comunicado.
Para as empresas o update não será gratuito nas versões Enterprise e Education, de licenciamento, disponíveis apenas a partir do dia 1 de agosto. O timing da atualização deverá ser gerido pelas próprias organizações, que terão de ter em conta fatores como o atual licenciamento do seu OS, a integração do 10 com outras aplicações de outros fabricantes que já têm instaladas e até a própria altura do ano em que o fazem, dada a disrupção introduzida pelo novo sistema operativo.
João Couto, diretor-geral da Microsoft Portugal, destacou que com este novo modelo, de subscrição, “as empresas não vão ter custos tão elevados com as atualizações”, dizendo mesmo que o Windows 10 permitirá “acelerar os processos de negócios das empresas”.
Rita Santos destacou os benefícios que o 10 aporta em termos de segurança para as organizações, nomeadamente o Windows Hello, sistema de autenticação biométrica, a dupla autenticação e o Enterprise Data Protection, que permite gerir os dispositivos remotamente e até eliminar dados sensíveis à distância em caso de perda ou roubo do equipamento. As atualizações disponíveis para o novo Windows serão contínuas e poderão ser feitas de acordo com os perfis dos utilizadores, dentro das empresas, o que permite a gestão das novas funcionalidades por parte dos departamentos de TI.
A Microsoft prevê lançar em outubro o Windows 10 Mobile, a edição do novo OS para smartphones e tablets. Em setembro e outubro, aquando da rentrée, começarão a chegar novos PCs aos mercado com o Windows 10 já instalado.
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