O estudo realizado pela Indra, “Pesquisa global sobre o estado das smart cities”, inquiriu duas mil pessoas de 234 cidades, em 32 países, avaliando um conjunto de serviços numa escala de 1 a 10. A percepção global de segurança confirma-se como o serviço mais bem avaliado pelos inquiridos (6,1), seguindo-se a resposta perante emergências (5,8), qualidade dos serviços e saúde (5,6), limpeza (5,4) e, por último, a sustentabilidade e e-administração (ambos com 5,2).
Por outro lado, os serviços menos bem classificados prendem-se com a sustentabilidade e a e-administração.
Para além da análise destes dois campos, foram também incluídos outros, como o tempo necessário para chegar ao emprego, percepção de segurança, avaliação da resposta perante emergências e qualidade dos serviços de saúde e limpeza.
Lisboa com serviços acima da média
A capital possui todos os serviços acima da média mundial e é considerada uma boa cidade para se viver. Nos parâmetros analisados, destacam-se a perceção de segurança (7,5) como o serviço mais valorizado pelos inquiridos, e a e-administração (5,5), como o pior. Há também um dado adicional relevante: o tempo médio para se chegar ao trabalho em Lisboa é de 26 minutos, enquanto a média dos países analisados se situa nos 46 minutos. Lisboa é, de resto, um caso muito similar ao de Barcelona, com todos os seus serviços avaliados acima da média, destacando-se a segurança com melhor nota (7,2) e a e-administração como a pior (5,6).
Cidadãos querem tecnologia
No âmbito da sustentabilidade e eficiência energética, os inquiridos destacam a potenciação das energias renováveis, criação de mecanismos para perceber o consumo diário de energia e prémios para incentivar a eficiência, assim como substituição da iluminação pública por LED e sensorização. Merece também referência as propostas para melhorar a mobilidade, como a implantação de tecnologias para reduzir o número de veículos que procuram estacionamento, diminuir os atrasos dos transportes e aumentar a sua frequência, melhorar a sincronização dos semáforos ou apostar na intermodalidade público-privada. |