2020-4-09
A Canalys prevê que os fornecedores de IoT de consumo cresçam devido aos mercados interrompidos pela pandemia COVID-19
As três principais categorias de dispositivos formam uma extensão aos ecossistemas de IoT implementados por fornecedores de smartphones e plataformas, como a Apple, Google, Amazon, Samsung, Xiaomi e Huawei. Embora seja esperada uma forte recessão, os fornecedores estão a tornara-se mais proativos, de forma a garantir que resistem a este momento desafiador. O facto de as pessoas estarem em casa levou a que os fornecedores de IoT de consumo se focassem em ajudar os utilizadores a trabalhar e aprender remotamente, permanecendo em contacto com amigos e familiares. "Os fornecedores que ainda enviam dispositivos por canais online mudaram rapidamente as suas mensagens de marketing para destacar os principais benefícios, particularmente nas videochamadas, enquanto os consumidores procuram dispositivos de áudio sem fios que ofereçam flexibilidade para o trabalho, educação e jogo. A Canalys prevê que encomendas de dispositivos de áudio pessoais inteligentes aumentarão 15,5% em 2020 para se tornar o segmento de IoT de consumo que mais cresce este ano", afirma Cynthia Chen, analista de pesquisa da Canalys. Já os dispositivos e plataformas que ajudam os utilizadores a permanecerem ativos e menos sendetários podem aumentar 3,8% em 2020. Enquanto o COVID-19 se espalha e os hotspots se movem para a Europa e EUA, a Canalys acredita que a pandemia irá estar sob controlo até o terceiro trimestre. "A China será um importante impulsionador do crescimento em 2020, pois o país está confiante de que a pandemia está bem e sob controlo", afirma o analista sénior da Canalys, Jason Low. "Com base na nossa experiência na China, com as medidas de segurança em vigor para evitar o ressurgimento do vírus, as atividades económicas serão retomadas rapidamente e os consumidores começarão a gastar novamente. O mesmo é provável que aconteça noutros países." O maior desafio enfrentado pelos players do setor decorre da incerteza económica. "Desde interrupções na oferta até à queda na procura, muitas das empresas estão bem informadas sobre os desafios significativos que estão a enfrentar. Os fornecedores devem tomar medidas adicionais para mitigar o impacto. “Esperar e ver” já não é uma opção", afirma Low. "A pandemia será o momento crítico que divide os futuros líderes do mercado daqueles que ficam pelo caminho, dependendo das ações que as empresas tomam. Além de um marketing mais proativo e direcionado para se manter conectado com os consumidores, este é um bom momento para formar novas parcerias, por exemplo, com novos provedores de serviços e conteúdo online e para aumentar as bases de utilizadores para ambas as partes com serviços adicionais voltados para consumidores que ficam em casa", conclui. |