Apesar dos constrangimentos, empresas já não podem adiar investimentos em tecnologia

A ABI Research avaliou o impacto que vários setores como a política, a regulamentação, a cadeia, o ambiente e a tecnologia estão a ter nos fabricantes de bens de consumos, produtos farmacêuticos, químicos, assim como no setor das energias como o petrolífero e o de gás.

Os constantes bloqueios da China e as consequências provocadas pela guerra na Ucrânia – como a limitação do fornecimento de cereais – têm dificultado o acesso às matérias-primas.

Michael Larner, diretor de Investigação Industrial da ABI Research, admite que a avaliação realizada pela empresa “concluiu que o setor dos bens de consumo está sob pressão de todos os lados”.

A escassez de oferta está a aumentar o custo dos imputs, assim como os custos operativos que estão a subir devido aos maiores custos energéticos.

Mesmo depois da pandemia, “os acontecimentos tomaram um rumo diferente. As decisões e regulamentos políticos têm um grande impacto nas operações destas empresas. Afinal, os governos podem fechar as cidades e restringir os transportes”, remata Michael Larner.

Apesar das empresas estarem em diferentes níveis no que respeita à digitalização, Michael Larner considera que “a tecnologia é parte da solução para aliviar as pressões”.

As empresas mineiras, por exemplo, estão a proceder à automatização de processos, enquanto as farmacêuticas estão já a usar algumas tecnologias de ponta.