2016-7-14
O número de ataques por ransomware a utilizadores do sistema operativo Android multiplicou-se por quatro no último ano, tendo afetado mais de 136 mil utilizadores
A Kaspersky analisou um período total de dois anos, que dividiu em duas partes (de abril de 2014 a março de 2015, e de abril de 2015 a março de 2016), tendo verificado um aumento significativo do número de ataques móveis por ransomware. O ransomware é um tipo de malware que impede o acesso à informação armazenada no dispositivo da vítima mediante o bloqueio do ecrã com uma janela especial ou uma mensagem cifrada de arquivos importantes. Depois, solicita dinheiro ao utilizador para recuperar esses dados. Esta ameaça, que até hoje estava apenas relacionada com os PCs, começa agora também a afetar os dispositivos Android. Aquando do início do relatório da Kaspersky, o número mensal de utilizadores vítimas deste tipo de malware nos dispositivos Android era quase inexistente, contudo chegou perto das 30 mil vítimas por mês no final. Trata-se de um indicador de que os cibercriminosos estão a focar-se mais em atacar outros equipamentos em alternativa aos PCs. No caso do Android, o ransomware é especialmente preocupante, uma vez que é na sua maioria do tipo blocker e estes smartphones não são capazes de eliminar os screen blockers com um hardware externo. Assim, os números demonstram que entre 2014 e 2016 o número de vítimas de ransomware cresceu quatro vezes mais, tendo passado de 35.413 utilizadores entre 2014, e 2015 para 136.532 no período 2015-2016. “O modelo de extorsão continua a crescer e a evoluir. O ransomware móvel surgiu como uma evolução do ransomware PC e o mais provável é que vá mais além, podendo evoluir para dispositivos conetados à internet como smartwatches, smart TV’s ou outros. O aparecimento de um malware real com um foco em IoT é apenas uma questão de tempo”, afirma Alfonso Ramírez, diretor-geral da Kaspersky Lab Iberia. |