2015-6-03

SECURITY

Quase 5 em cada 100 PCs portugueses estão infetados com malware

A ameaça mais comum em Portugal é o malware para Windows Win32/Adware.MultiPlug que recolhe informação sobre os hábitos de navegação dos utilizadores e redireciona os browsers para websites específicos

Quase 5 em cada 100 PCs portugueses estão infetados com malware

Quase 5 em cada 100 PCs em Portugal está infetado com malware, de acordo com a ESET, empresa de soluções de segurança e antivírus distribuída em Portugal pela WhiteHat. Em maio, registaram-se 4,62% de computadores infetados, valor muito superior ao de países como os EUA – onde o rácio de infeções registado em maio se ficou pelos 2,5% – e está também ligeiramente acima de Espanha, com 4,25% de infeções.

O pior país do mundo em termos de computadores infetados continua a ser o Afeganistão, onde cerca de um quarto (24,26%) de todos os PCs está infetado.

Segundo a ESET, a notícia menos má é que a infeção mais comum nos PCs portugueses não é um vírus propriamente dito (porque não tem capacidade de replicação), mas sim um tipo de malware, o Win32/Adware.MultiPlug, normalmente instalado inadvertidamente pelos próprios utilizadores através de técnicas de engenharia social. Por norma chega com programas gratuitos: durante o processo de instalação, se os utilizadores se limitarem a clicar em “Next” sem escolherem o processo de instalação personalizado, o mais certo é acabarem com este malware nas suas máquinas.

O Win32/Adware.MultiPlug instala-se como extensão ou plugin em todos os browsers mais usados – incluindo Internet Explorer, Chrome e Firefox – alterando definições, preferências e entradas no Registry do Windows de forma a manter-se instalado e é praticamente impossível de remover pelo utilizador sem recurso a ferramentas especiais.

De acordo com a ESET, “este adware recolhe informação sensível quando o utilizador navega em determinados websites”. A informação recolhida inclui não apenas os endereços visitados como também palavras-chave introduzidas em motores de busca. Uma vez recolhida a informação, o malware envia os dados para um servidor remoto e, quando o utilizador navega em determinados websites, faz surgir publicidade específica, através da injeção de Javascript, e redireciona o utilizador para websites de comércio eletrónico.

O facto de este programa ter apenas surgido em novembro passado e ser já neste momento o maior responsável por infeções em Portugal demonstra bem a velocidade da sua propagação. Uma vez que este malware foi, para todos os efeitos, instalado pelo próprio utilizador, há antivírus que não o removem por não o considerarem uma ameaça.

Recomendado pelos leitores

Investimento em cibersegurança em Portugal deverá chegar aos 250 milhões de euros
SECURITY

Investimento em cibersegurança em Portugal deverá chegar aos 250 milhões de euros

LER MAIS

Lançada solução de assessment comportamental relacionada com cibersegurança em Portugal
SECURITY

Lançada solução de assessment comportamental relacionada com cibersegurança em Portugal

LER MAIS

Akamai adiciona novas capacidades ao Account Protector
SECURITY

Akamai adiciona novas capacidades ao Account Protector

LER MAIS

IT CHANNEL Nº 112 NOVEMBRO 2024

IT CHANNEL Nº 112 NOVEMBRO 2024

VER EDIÇÕES ANTERIORES

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.