2022-1-06
O Instituto de Soldadura e Qualidade vai integrar a task force europeia do Erasmus+ Encrypt 4.0, onde lidera o desenvolvimento da Matriz de Risco de cibersegurança para empresas no setor da manufatura, no âmbito da indústria 4.0
Os riscos de cibersegurança na indústria e na manufatura são cada vez mais complexos e com tendência para crescer, o que torna urgente equipar as PME com as ferramentas adequadas ao ambiente dinâmico da indústria 4.0. Neste contexto, o ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) vai integrar o projeto europeu Erasmus+ Encrypt 4.0, uma iniciativa conjunta de criação de uma task-force para a cibersegurança na Indústria europeia, onde lidera o desenvolvimento da Matriz de Risco de cibersegurança para empresas no setor da manufatura, no âmbito da indústria 4.0. “Esta matriz permitirá uma visão geral sistemática do cenário de risco de cibersegurança e a criação de perfis de risco precisos, em tempo real, de forma a possibilitar a adoção de medidas preventivas e a estabelecer medidas corretivas, em fábricas inteligentes. O ISQ irá ainda desenvolver laboratórios de capacitação online em cibersegurança bem como uma ferramenta de acervo documental com casos reais de ciberataques que será alimentada e comentada em regime aberto”, explica Pedro Matias, presidente do Grupo ISQ. Os ataques cibernéticos em infraestruturas críticas são classificados como o quinto maior risco em 2020 pela rede de especialistas do Fórum Económico Mundial e tornaram-se o novo padrão em setores como energia, saúde e transporte, e a manufatura está a sofrer ataques cibernéticos crescentes, contam em comunicado. Segundo a ISQ, as empresas de manufatura, na tentativa de manter uma vantagem competitiva ao se adaptarem às práticas da Indústria 4.0, investem, esporadicamente, em sistemas de controlo e consultores externos, mas carecem de uma abordagem integrada para a gestão de risco cibernético. Tendo em conta que a maioria dos sistemas de manufatura foi tradicionalmente desenvolvido para se focar na segurança dos trabalhadores e no alto desempenho e não na cibersegurança, as empresas estavam preocupadas, principalmente, em proteger o ambiente de TO, muitas vezes negligenciando a segurança de IT, explica a ISQ. Neste contexto, Andreia Morgado, gestora do projeto, explica que “a Matriz de Risco de Cibersegurança irá delinear indicadores-chave de risco que serão facilmente aplicados a dados em tempo real. A matriz permitirá às empresas não só desenhar uma estratégia de cibersegurança a longo prazo, mas também realizar rapidamente relatórios diários que mostrarão os níveis reais de risco para os processos num determinado momento. Isto é da máxima importância no ambiente de manufatura, uma vez que mantém a produção em funcionamento o que, caso contrário, representaria um impacto irreparável com enormes prejuízos financeiros”. |