2016-11-10
As PME recorrem cada vez mais a Security-as-a-Service para fazer frente ao aumento das ameaças de ataques online, uma vez que têm orçamentos reduzidos para segurança, além de pouca experiência
Um estudo da Kaspersky Lab, intitulado “A Evolução do Papel do SaaS e do Outsourcing das TI nas PMEs”, que inquiriu 4.395 executivos de 25 países e revelou a necessidade que as pequenas e médias empresas têm em preencher a lacuna que existe entre os orçamentos reduzidos com que se deparam no que diz respeito às segurança do IT, além da sua pouca experiência nesta área. O estudo verificou que embora mais de metade (54%) das PME acredite que a sua segurança na área das TI estará comprometida em determinado momento e que a preparação é essencial, cerca de 40% admitem que lhes falta a visão ou a informação acerca das ameaças com que o setor se depara. A Kaspersky revelou ainda que 55% das PME têm preocupações relativas à forma como tendências como o BYOD tornam a gestão da segurança mais difícil, e um número equivalente (49%) admite sentir-se vulnerável a incidentes de terceiros que afetem os serviços de cloud que utilizam. A nível das ameaças, o estudo mostra que a perda de dados internos e confidenciais é a principal preocupação de quase metade (48%) das empresas. Esta preocupação é certamente justificável tendo em conta os ataques atuais experienciados pelas PME: cerca de 41% já foram infetadas com vírus e malware que diminuem a produtividade de forma significativa. Em resposta a novas e emergentes ameaças, as PME procuram reforçar a sua proteção, ainda que metade não preveja orçamento adicional para contratação de peritos em segurança e apenas 10% acreditem que vai existir um aumento de orçamento disponível para esta matéria. No caso das empresas cujos recursos internos são insuficientes ou que não têm orçamento disponível, o SaaS torna-se uma das suas únicas opções para se protegerem. Quase metade das empresas auscultadas (40%) confessaram depositar a sua confiança em terceiros que cuidem das suas infraestruturas e processos de TI. O estudo mostra, também, que aqueles que consideram o serviço cloud e o BPO (Business Process Outsourcing) prioridades estão, consideravelmente, mais satisfeitos com a eficácia da consultoria de segurança (62%) e com os MSPs (59%). Cerca de 17% não tencionam utilizar um fornecedor externo de serviços de segurança na área das TI, no entanto, quase um quarto (23%) preveem esta mudança nos próximos 12 meses. “O estudo mostra que as PMEs se deparam, atualmente, com um elevado número de desafios no que respeita à proteção dos seus negócios das ameaças de segurança. Por um lado, têm geralmente poucos recursos, orçamentos e peritos em segurança, o que os pode tornar atrativos junto dos hackers. Por outro lado, o aumento da complexidade dos ambientes de segurança, que resultam de tendências como, por exemplo, o maior número de dispositivos móveis que precisam estar protegidos, exige ação. Isto mostra a importância de gastar orçamentos de forma inteligente e olhar para outras opções para manter a vigilância e obter a proteção de que precisam. Utilizando a opção de SaaS no âmbito da segurança, as PMEs podem tirar vantagens do Endpoint da solução de segurança sem necessitarem de elevados orçamentos”, Alfonso Ramírez, diretor da Kaspersky Lab Ibéria. |