Ricardo Pinto, Head of Enterprise Security Division na V-Valley em 2023-2-24
No mundo da cibersegurança há uma coisa que podemos dar por certa, nunca estamos 100% protegidos
Ricardo Pinto, Head of Enterprise Security Division na V-Valley
Diariamente surgem novas vulnerabilidades por onde nos podem atacar. O utilizador continua a ser o “elo mais fraco” e por este motivo a proteção dos endpoints, gestão de identidades e de acessos continuarão a ser uma prioridade nos próximos tempos e consumirão uma fatia importante dos orçamentos de IT. Existe também uma maior necessidade de integração e consolidação de ferramentas que nos dê uma maior visibilidade, garantindo maior controlo sobre os acontecimentos e capacidade para tomar medidas adequadas e em tempo útil, sejam elas preventivas, de contenção ou remediação. O ransomware continua a ser uma realidade e em crescimento. Em 2022, 21% das organizações sofreram um ataque de ransomware. Dessas, 43% sofreram impactos severos na sua operação. Os ataques são cada vez mais sofisticados e mais silenciosos o que dificulta a sua deteção. Notamos uma proliferação de ataques a pequenas empresas por estas não terem maturidade, nem orçamento, nem estratégia para se protegerem frente aos atacantes, cedendo facilmente aos pedidos de resgate para libertação da informação encriptada. Surge aqui a oportunidade de negócio para os fabricantes de primeira linha, capazes de proporcionar soluções Enterprise Class a estas pequenas empresas que passam a usufruir do conhecimento e desenvolvimento avançado em prol das suas pequenas organizações. Ao mesmo tempo é também uma oportunidade para os integradores venderem soluções As a Service pois não basta ter as ferramentas, há também que saber usá-las e ter os recursos humanos necessários à operação destas ferramentas. É fundamental criar planos de resiliência que nos permitam antever e preparar contra eventuais ataques, saber como agir, que ferramentas utilizar, saber o que temos de deixar cair para conter a ameaça e evitar danos maiores. Nas grandes organizações falamos de estratégias de avançadas de deception em que se interage com os atacantes criando-lhes a ilusão que estão a avançar no seu plano de ataque para que com isso vão revelando as suas intenções, os caminhos através dos quais pretendem chegar à informação e que informação é do seu interesse. Com estas táticas podemos posteriormente tomar contramedidas de proteção adicionais para fortalecer a nossa resiliência. Obviamente que este tipo de soluções só fazem sentido quando temos uma elevada maturidade em termos de segurança e queremos dar o passo seguinte em termos de cyber resilience. De nada nos serve ter uma porta blindada numa casa feita com tábuas. Com as estratégias adequadas, as empresas poderão reduzir até 90% os custos financeiros dos incidentes de segurança. Se olharmos para as previsões da Gartner vemos que existe uma tendência para a consolidação das ferramentas de segurança no menor número de vendors possível. Toda a gestão de acessos web, cloud, CASB e ZTNA tenderá a ser fornecida por um ou dois fabricantes diferentes, facilitando a gestão. Faz todo o sentido uma vez que se trata de algo que não deveria estar dissociado. O utilizador que acede à web, acede à cloud e precisamos de proteger esse acesso, garantir a identidade do utilizador, a segurança da conexão e as permissões para acesso à informação. Na V-Valley estamos focados em fornecer soluções de valor acrescentado e, cabe-nos o papel de identificar as melhores soluções que permitam ir ao encontro das necessidades atuais e futuras dos seus clientes. Cada vez mais, o distribuidor se posiciona como o braço armado do fabricante, sendo capaz de ajudar na venda especializada através dos seus próprios recursos de business development, pré-venda e formação. Nós, estando no terreno, estamos conscientes da realidade e temos uma proximidade do canal de parceiros que nos permite apoiar e posicionar as soluções corretas no seu negócio. No final do dia é um negócio suportado em pessoas e em confiança mútua. Tenho a sensação de que estamos num momento de mudanças grandes no que toca a tecnologias e na forma como estas são disponibilizadas aos clientes. Veremos muitos fabricantes novos a emergir e os atuais a adaptar-se aos novos formatos.
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