2016-12-28
O projeto europeu liderado pela Europol contra o ransonware, acaba de ganhar mais um parceiro tecnológico na sua luta contra o cibercrime
"No More Ransom" é um programa europeu liderado pelo European Cybercrime Centre (#EC3Europol)
O fabricante especializado em segurança Check Point acaba de anunciar que passa a fazer parte do No More Ransom (nomoreransom.org), um programa europeu liderado pelo European Cybercrime Centre (#EC3Europol) do qual faz parte a UNC3T ( Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica) da Polícia Judiciária e outras 21 forças policiais da União Europeia assim como as principais empresas de cibersegurança.
O ransomware foi o maior problema de cibersegurança ao longo de 2016, tanto para as empresas como para os consumidores. Durante o ano passado, assistimos a casos como o de um hospital de Hollywood que se viu obrigado a pagar 17 mil dólares para que os seus sistemas voltassem a funcionar depois de um ataque. Os transportes públicos de São Francisco também sofreram em novembro um ataque de ransomware que afetou os seus servidores e não permitia aos utentes o pagamento dos seus bilhetes. Além disso, este tipo de malware já começou a ser disseminado através de imagens no Facebook e LinkedIn.
As ciberameaças dirigidas a empresas triplicaram desde janeiro de 2016. As empresas enfrentam um ataque a cada 40 segundos e o ransomware já conseguiu infetar um em cada cinco empresas em todo o mundo. Para os consumidores os números são ainda piores, sofrendo um ataque deste tipo a cada 10 segundos.
A Check Point junta-se, assim, à luta contra o ransomware através deste programa europeu, contribuindo com a sua experiência em cibersegurança e desenvolvendo novas soluções que ajudem vítimas de sequestros online.
Como novo parceiro do No More Ransom, Check Point facilitará aos utilizadores um descodificador que devolve o controlo sobre os ficheiros infetados pelo Jigsaw, lançado em julho de 2016. A aplicação fará parte das 33 soluções de desencriptação que já compõem atualmente a plataforma.
Estas ferramentas foram criadas a partir de falhas de programação dos cibercriminosos, utilizando engenharia inversa de algoritmos e informação obtida em operações policiais em conjunto com dados filtrados por hackers. As vítimas só necessitam de fazer o upload na web dos ficheiros encriptados e a nota de resgate que receberam para testar as soluções à sua disposição.
“A cooperação entre o sector privado e as administrações públicas internacionais é fundamental na luta contra os cibercriminosos, que usam ransomware para roubar grandes quantias de dinheiro. O projeto ‘No More Ransom’ está a ajudar a detetar e anular campanhas de sequestros de dados a grande escala”, explica Mario García, diretor geral da Check Point para Portugal e Espanha.
A conscientização entre empresas e consumidores é também um fator chave para ajudar a evitar ciberataques. Algumas das medidas de proteção tradicionais que podem minimizar os danos são: ter sempre cópias de segurança para que uma infeção de ransomware não consiga destruir dados sensíveis, usar um software de deteção de ameaças potente para proteger os sistemas, manter todos os programas do computador atualizados com as últimas correções e desconfiar dos emails vindos de desconhecidos ou de remetentes conhecidos, mas de aspeto suspeito. Além disso, se acontecer ter azar e acabar por ser vítima do ransomware, pode consultar os conselhos da Check Point sobre como responder ao ataque.