2022-9-09
Desde o início da guerra, existiu um aumento de 112% de ciberataques contra o governo e o setor militar da Ucrânia, com mais de 1.500 ciberataques por semana, em média, em todas as redes empresariais na Ucrânia
A Check Point Research revela novos dados sobre ciberataques no conflito em curso entre a Ucrânia e a Rússia. Entre fevereiro e agosto deste ano, os ataques cibernéticos ao governo e ao setor militar da Ucrânia aumentaram 112%, enquanto na Rússia diminuíram em 8%. Nos últimos seis meses, o número de ciberataques relacionados com o conflito em curso entre a Ucrânia e a Rússia aumentou dramaticamente. As redes empresariais da Ucrânia receberam mais de 1.500 ciberataques por semana em média em todos os setores, excedendo a média global (1.124 ciberataques por semana), e as da Rússia (1.434 ciberataques por semana). Por outro lado, houve um aumento de 25% na média semanal de ataques cibernéticos a redes empresariais na Ucrânia em comparação com o ano anterior ao conflito (1/1/22 - 21/2/22), enquanto a nível global o aumento foi de 0,1% e na Rússia de 13%. O conflito também afetou o governo/ sector militar ucraniano com impactos quase o dobro dos anteriores ao início da guerra (+112%). Este pico é significativamente mais elevado em comparação com a Rússia (-8%) e outras regiões. “Os nossos números incluem o que estamos a ver tanto na Ucrânia como na Rússia. Talvez a estatística mais marcante que temos documentado neste contexto seja um aumento de 112% nos ciberataques ao governo e ao sector militar da Ucrânia, enquanto na Rússia diminuíram 8%. Embora a Rússia não se tenha desligado completamente da Internet, de acordo com relatórios anteriores, sabemos que as redes e websites governamentais e militares implementaram diferentes medidas para limitar o acesso a atores fora do país, tornando difícil a execução de alguns dos ataques”, Sergey Shykevich, director of the Threat Intelligence Group da Check Point Software. “Após o conflito, qualquer que seja o resultado, estes grupos APT, hacktivistas e indivíduos não irão simplesmente desaparecer. Em vez disso, irão direcionar os seus conhecimentos e ferramentas para novos alvos, desencadeando um tsunami de ataques cibernéticos em todo o mundo. Já começámos a ver sinais de alerta precoce deste facto com ataques aos parceiros da NATO, bem como aos países que vieram em auxílio da Ucrânia, aumentando tanto em frequência como em intensidade. Este conflito tem visto a atividade cibernética mudar para sempre a face da guerra”. |