2018-3-09
De acordo com o relatório da Kaspersky Lab "Beyond 11 Percent: A Study into Why Women Are Not Entering Cybersecurity", a cibersegurança continua a ser um campo pouco explorado pelas mulheres, que ocupam apenas 11% da força de trabalho total da indústria
O relatório da Kaspersky Lab destaca alguns factos interessantes sobre o porquê de a cibersegurança continuar a ser uma carreira de difícil entrada para as mulheres. De acordo com o relatório, as mulheres que entram em cibersegurança enfrentam uma realidade dura, estando muitas vezes sozinhas numa sala cheia de homens – o que pode ser uma das principais razões que as leva a não seguir uma carreira nesta área. É importante destacar que a falta de mulheres pode criar um efeito de bola de neve: quanto menos mulheres existirem na área de segurança IT, maior é a probabilidade que outras percam o interesse em entrar, diz a Kaspersky. O Estudo Global de Trabalhadores de Segurança da Informação de 2017, levado a cabo pelo (ISC) e pelo seu Centro para Cibersegurança e Educação, revelou que 42% dos participantes concordam que é importante existir um role model do mesmo género na carreira do seu interesse. De facto, metade das mulheres entrevistadas preferem trabalhar num ambiente igualmente dividido entre ambos os sexos. O estudo demonstrou também que, em geral, as mulheres não têm conhecimento das aptidões que os empregadores procuram ou se possuem os atributos certos para o cargo. Quando questionadas sobre o porquê de não seguirem uma carreira em cibersegurança, a percentagem de mulheres, por comparação com homens, que admitiu não possuir qualquer experiência em código (57% vs. 43%), não ter interesse em computação (52% vs. 39%), não conhecer a indústria de cibersegurança (45% vs. 38%) e não ter conhecimentos suficientes em matemática (38% vs. 25%) é mais elevada. O problema está na perceção da indústria, diz o fornecedor, uma vez que as empresas não estão só à procura de programadores. Aptidões como o pensamento crítico ou a resolução de problemas são igualmente cruciais para uma carreira em cibersegurança, mas a imagem que a indústria transmite tende a focar principalmente os requisitos técnicos. O estudo demonstrou também que os estereótipos associados à cibersegurança são, igualmente, um grande obstáculo para as mulheres, uma vez que a terminologia associada à indústria, como “hacker”, tem muitas vezes conotações negativas. Para além disso, uma em cada três mulheres veem os profissionais de cibersegurança como “geeks” e um quarto como “nerds”, o que poderá contribuir para que uma em cada seis mulheres considere que uma carreira em cibersegurança seja aborrecida. Para além de trabalhar com várias organizações para melhor compreender os obstáculos que impedem as mulheres de seguir uma carreira em cibersegurança, a Kaspersky Lab tem várias iniciativas como a Academia Kaspersky Lab, o Programa de Certificação de Cibersegurança Kaspersky e os Dias Ciber Kaspersky, para promover uma consciencialização da indústria, bem como melhorar a educação dos profissionais da área. Além de trabalhar para diminuir a diferença entre géneros na indústria de cibersegurança, a Kaspersky Lab patrocina várias expedições lideradas por mulheres aventureiras. Mais recentemente, a empresa anunciou a sua parceria com a primeira expedição euro-arábica, e totalmente feminina, ao Pólo Norte, que parte da Península Arábica em abril com previsão de chegar ao Pólo Norte geográfico 10 dias depois.
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