2018-8-20
A consultora indica que deteção, resposta e privacidade estão a impulsionar a procura por serviços e produtos de segurança
Os gastos mundiais com produtos e serviços de proteção da informação vão ascender aos 114 mil milhões de dólares em 2018, um aumento de 12,4% face ao ano anterior. Em 2019, o aumento deverá ser de 8.7%, com os investimentos a ultrapassarem os 124 mil milhões de dólares. Siddharth Deshpande, research director na Gartner, realça que a “escassez persistente de competências” nesta área e “as mudanças regulatórias, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia, estão a contribuir para um crescimento contínuo do mercado de serviços de segurança”. O analista indica ainda que os líderes de segurança das organizações estão “a esforçar-se para utilizar as plataformas tecnológicas em nome de maior competitividade e de crescimento do negócio”. A Gartner realça ainda que as preocupações com a privacidade serão responsáveis por, pelo menos, 10% da procura por serviços de segurança até 2019, afetando uma variedade de segmentos, como gestão de identidades e acessos (identity and access management - IAM), governança e administração de identidades (identity governance and administration - IGA) e prevenção de perda de dados (data loss prevention - DLP). “A gestão do risco e da segurança tem de ser uma parte crítica de qualquer iniciativa de negócio digital”, defende Deshpande. Um enfoque crescente na edificação de capacidades de deteção e resposta, regulamentações como o RGPD e a necessidade de endereçar os riscos do negócio digital são os grandes motores dos gastos ao longo de 2019. A Gartner identificou três tendências que estão a afetar os gastos com segurança da informação em 2018-2019:- Pelo menos 30% das organizações vão investir em serviços de consultoria e implementação relacionados com o RGPD até 2019. A Gartner antecipa que a implementação, a avaliação e a auditoria dos processos de negócio relacionados com o RGPD deverão ser o foco principal dos gastos com serviços de segurança para organizações baseadas na UE e para todas cujos clientes e funcionários residem nesses países. A segurança é um fator-chave na adoção do processo de transformação para dados regulamentados, operações críticas e proteção de propriedade intelectual, que abrangem desde a cloud pública a ofertas SaaS, aos dispositivos de IoT. - Os serviços (subscrições e geridos) vão representar pelo menos 50% da entrega de software de segurança até 2020. A segurança como um serviço está a caminho de superar os deployments on-premises e os deployments híbridos estão a atrair os investimentos das empresas. Uma grande parte dos inquiridos disseram que planeiam implementar tecnologias de segurança específicas, como gestão de eventos e segurança da informação (security information and event management - SIEM), num modelo de deployment híbrido ao longo dos próximos dois anos. Os serviços geridos representam cerca de 24% dos deployments, em média. Deshpande realça que os deployments on-premises “continuam a ser populares”, mas que a segurança cloud-delivered está a tornar-se no modelo de entrega preferencial para várias tecnologias”. |