2016-3-24
Um estudo agora revelado aponta que 45 por cento dos internautas sofreram os efeitos de softwares maliciosos durante o ano de 2015
O estudo, realizado pela Kaspersky e pela B2B International, indica que desta fatia de utilizadores, a maioria (81 por cento) sofreram um grande impacto negativo sobre o seu dispositivo. O malware foi mais abundante no Windows - 83 por cento dos utilizadores deste sistema operativo afirmam ter sofrido uma infeção por malware nos últimos 12 meses, mas os sistemas Android e Mac OSX não são imunes, tendo os seus utilizadores representado 13 por cento e 6 por cento das infeções no ano passado, respetivamente.
Os resultados do estudo indicam também que 13 por cento dos utilizadores não sabem como é que o seu dispositivo foi atacado. O restante grupo acredita na origem do ataque se encontram fatores como visitas a página web suspeitas (12 por cento); unidade externa infetada (8 por cento); instalação de uma app maliciosa disfarçada de programa legítimo (8 por cento); anexo de e-mail ou redes sociais (7 por cento) e por fim, visitas a páginas web legítimas que tenham sido atacadas (7 por cento).
A maioria dos ataques levaram à perda de rendimento do equipamento (35 por cento), 30 por cento dos utilizadores começaram a receber publicidade intrusiva e 20 por cento depararam-se com programas indesejados nos dispositivos.
Entre as consequências do malware, destacam-se as modificações no browser ou na configuração do sistema operativo sem conhecimento ou autorização do utilizador (17 por cento), a perda (10 por cento) ou roubo (8 por cento) de dados pessoais, as publicações não autorizadas ou 'gostos' em sites de redes sociais (9 por cento) e o hack à webcam (6 por cento).
Custos do ataque para a vítima
Além destes ataques, a Kaspersky adianta que em 18,6 por cento dos casos, as vítimas ainda tiveram de pagar aos cibercriminosos para desbloquearem o dispositivo, e 6 por cento fizeram-no de modo a serem capazes de desbloquear ficheiros pessoais. Estes números mostram que o crime de ransomware continua a ser método eficaz e rentável para os cibercriminosos.
Para 33 por cento dos utilizadores, a infeção originou prejuízos económicos. Além de terem que pagar um resgate aos cibercriminosos, as vítimas tiveram que fazer frente ao restauro do dispositivo ou dos dados para eliminar os efeitos de uma infeção, sendo que alguns acabaram mesmo por ter que comprar um novo dispositivo para substituir o que foi atacado. Nos casos em que houve lugar a perdas financeiras, o custo médio foi de 140 euros por utilizador.
"Os custos e os efeitos indesejáveis provocados por uma infeção por malware podem ser evitados com um pouco de prudência. Por exemplo, não se devem inserir memorias externas USB não analisadas num dispositivo, devem utilizar só as lojas oficiais de aplicações, manter o sistema operativo e as aplicações atualizados e verificar ficheiros com uma solução de segurança antes de os abrir. A capacidade de prever os problemas potenciais e tomar precauções é a chave para nos mantermos a salvo destas ameaças", aconselha Alfonso Ramírez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia.