2017-4-07
Foram identificados pelo menos oito novos grupos que operam no desenvolvimento e distribuição de ransomware encriptado. Estes ataques foram já responsáveis pelo ataque a diversas instituições financeiras em todo o mundo e os pedidos de resgate ascenderam aos 470 mil euros
De acordo com a kaspersky, cada vez mais hackers estão a desviar as atenções de utilizadores privados para levar a cabo ataques de ransomware contra empresas. Foram identificados pelo menos oito grupos envolvidos no desenvolvimento e distribuição de ransomware encriptado. Os ataques afetaram principalmente organizações financeiras de todo o mundo. Os especialistas da Kaspersky Lab encontraram casos em que os pedidos de pagamento foram além dos 470 mil euros. Segundo os analistas da Kaspersky Lab, o motivo desta tendência é claro: os criminosos consideram que os ataques de ransomware dirigidos contra empresas são potencialmente mais rentáveis que os ataques massivos a utilizadores privados. Um ataque de ransomware bem-sucedido contra uma empresa pode reter facilmente os seus processos de negócio durante horas o até mesmo dias, o que torna mais provável que os proprietários das empresas afetadas paguem o resgate. Em geral, as táticas, técnicas e procedimentos utilizados por estes grupos são muito semelhantes. Infetam a organização com malware através de servidores vulneráveis ou lançam correios eletrónicos de phishing. É então que se estabelecem na rede da vítima e identificam os recursos corporativos valiosos para encriptar, solicitando posteriormente um resgate em troca da desencriptação. Além das suas semelhanças, alguns grupos têm as suas próprias características. Esta técnica torna as ações menos suspeitas para os responsáveis de cibersegurança da empresa alvo. Os analistas da Kaspersky Lab encontraram casos em que o resgate ascendeu a uma bitcoin (cerca de 940 mil euros no final de março de 2017) por cada endpoint decifrado. Outro exemplo único de ferramentas utilizadas em ataques de ransomware dirigidos vem de PetrWrap. Este grupo ataca principalmente grandes empresas que contam com um grande número de nós. Os criminosos selecionam cuidadosamente os bancos para cada ataque que pode durar bastante tempo: o PetrWrap conseguiu “persistir” numa rede até 6 meses. "Todos devemos ter consciência de que a ameaça dos ataques de ransomware dirigidos às empresas está a aumentar. Existem mais alvos potenciais de ransomware e as consequências destes ataques são cada vez mais desastrosas", afirma Anton Ivanov, analista sénior de segurança Anti-Ransom da Kaspersky Lab. A empresa de segurança aconselha as empresas a realizarem uma cópia de segurança dos dados para que seja possível restaurar os arquivos originais depois de um incidente de perda de dados. Além disso, a Kaspersky alerta a empresas para a necessidade de stas utilizarem soluções de segurança que incluam tecnologias de detenção baseadas no comportamento. Estas tecnologias podem capturar malware, incluindo ransomware, vendo como funciona no sistema atacado e tornando possível detetar amostras novas e desconhecidas de ransomware. A capacitação de colaboradores é outro ponto-chave e a proteção dentro e fora do perímetro é outro aspeto apontado pela kaspersky como fundamental para que as organizações estejam bem protegidas contra este tipo de ataques. |