2017-7-12
Os investigadores da Check Point identificaram um novo malware móvel responsável por mais de 14 infeções a dispositivos Android
De acordo com a Check Point, os cibercriminosos responsáveis pela campanha já conseguiram cerca de 1,5 milhões de dólares em receitas com publicidade falsa em apenas dois meses. O software malicioso, batizado como CopyCat pelos investigadores de ameaças móveis da Check Point, utiliza uma inovadora técnica para gerar e roubar receitas publicitárias. O seu foco de infeção principal é o sudeste da Ásia, mas já se espalhou a outras regiões: nos EUA, por exemplo, infetou 280 mil utilizadores do Android. O CopyCat inclui mecanismos de root e de injeção de código no Zygote, o daemon responsável por lançar aplicações no sistema operativo da Google. Utiliza uma tecnologia muito potente para lançar publicidade fraudulenta, de forma semelhante a outras ameaças descobertas pela Check Point, como Gooligan, DressCode ou Skinner. Além disso, toma o controlo total do terminal, deixando a vítima completamente exposta. Os investigadores descobriram o malware enquanto este atacava os dispositivos de uma empresa protegida pela solução Check Point SandBlast Mobile. A Check Point recuperou informação dos servidores de Comando e Controlo da ameaça e realizou engenharia inversa sobre as suas operações internas, que estão detalhadamente descritas num relatório técnico completo, disponível na web da Check Point. O CopyCat alcançou o seu pico de maior atividade entre abril e maio de 2016. Os investigadores acreditam que se difundiu sobretudo através de apps populares, reempacotadas com malware e disponibilizadas em lojas de terceiros, assim como através de phishing. Não há provas de que a ameaça se encontrara no Google Play, a loja oficial de aplicações da Google. Em março de 2017, a Check Point informou a Google sobre a campanha e sobre como funcionava o malware. A Google informou que conseguiu acabar com o CopyCat, e o número atual de terminais infetados é muito menor ao que era no momento da máxima expansão do malware. No entanto, os smartphones e tablets afetados ainda podem estar hoje em perigo. |