A Kaspersky Lab resume as técnicas mais utilizadas pelos burlões neste tipo de lojas online, para que quem queira comprar/vender qualquer dispositivo, esteja alerta e não caia no engano:
1. Preço muito baixo e pagamento antecipado
Cuidado com o utilizador que oferece os seus produtos a preços muito baixos, exigindo pagamento adiantado. Os vendedores podem ter argumentos muito convincentes (necessito do dinheiro com urgência, recebi dois dispositivos iguais como presente, etc), mas na tentativa de poupar dinheiro podemos acabar com um dispositivo em segunda mão em vez de um novo, um dispositivo danificado ou, pior ainda, sem nada. Portanto, o pagamento adiantado deve ser evitado o mais possível. A única excepção é quando compra um dispositivo de um vendedor de confiança – uma conta do eBay deve ter uma classificação muito boa por parte de um número significativo de utilizadores.
2. Dispositivos partidos e telefones feitos de cera e papel
Com este esquema, tanto pode ser enganado em lojas online como físicas. Muitos burlões, que vendem dispositivos partidos, não deixam os clientes analisar como deve ser o que estão a comprar. Por exemplo, podem dizer que a bateria está em baixo e que necessita de carregar o telefone antes de o poder ligar, não dando oportunidade ao comprador de comprovar que funciona.
Quando as vítimas chegam a casa e abrem a caixa, acabam por vezes por ter uma surpresa desagradável. Algo parecido ao que aconteceu a um homem que comprou um iPad Mini e um iPhone 4S depois de responder a um anúncio do Craiglist. O estafeta trouxe o dispositivo, recebeu o dinheiro e escapou. Em vez de dispositivos Apple, as caixas continham cera derretida e um caderno de papel.
3. iPhone com raízes chinesas… e sistema operativo Android
Muitas pessoas compram iPhones sabendo que são provenientes de fabricantes chineses, só porque são baratos. É uma decisão sua. Mas por vezes estas falsificações são vendidas como sendo dispositivos originais. Alguns são, de facto, muito parecidos com os reais, mas existe um truque muito simples para detectar um dispositivo falso. Os iPhones falsos correm o sistema operativo de Android, ao contrário do que acontece com os verdadeiros, pelo que basta liga-lo e ver que loja de aplicações tem: Google Play (uma falsificação) ou App Store (o verdadeiro iPhone).
4. Dispositivos roubados
Se vai comprar um iPhone em segunda mão é muito possível que um vendedor desleal lhe venda um dispositivo roubado. Não há forma de saber a 100% se o equipamento é roubado ou não. Por isso, convém prestar atenção a outros sinais, como verificar o perfil do vendedor e as opiniões de outros clientes. Observe outros anúncios publicados pelo mesmo vendedor. Quando analisar o dispositivo, compare o código, o número de série e o IMEI da caixa com a informação dada na configuração do dispositivo.
5. Dispositivos reparados
Se comprar um iPhone reparado pelo seu fabricante original, pode poupar algum dinheiro, já que o dispositivo é analisado por dentro e por fora, e cuidadosamente corrigido qualquer problema que tenha. A qualidade da reparação de um dispositivo pode ser inferior se for feita por terceiros.
6. Bloqueio remoto e chantagem
Há relato de casos de compra de dispositivos em segunda mão que estão bloqueados com a função de Encontrar iPhone (só para iOS e versões posteriores). Deste modo, os cibercriminosos podem chantagear as suas vítimas, ameaçando, por exemplo, denunciar à polícia o roubo do dispositivo por parte do comprador incauto. Para não correr o risco de isso acontecer, peça ao vendedor que configure o equipamento para os parâmetros de fábrica antes de o comprar.
E, se vender o seu iPhone usado, assegure-se que o limpa de todos os conteúdos. Caso contrário, pode ter consequências desagradáveis, especialmente se tiver informação importante na memória do dispositivo. Neste caso, deve tentar bloqueá-lo de forma remota.
7. Lojas falsas e vendedores/compradores desleais
Às vezes os hackers criam websites que são lojas online falsas, que utilizam para recolher dados confidenciais de cartões de crédito e outros. A situação pode também funcionar ao contrário, ou seja, a pessoa que vende um iPhone em segunda mão pode também ela passar a ser a vítima: um ‘comprador’ pode nunca enviar o dinheiro contra reembolso ou pedir os dados bancários para uma suposta transferência, que não só nunca chega a ser feita, como esses dados são depois utilizados para roubar dinheiro do cartão de crédito ou da conta bancária de quem está a vender o dispositivo. |