A cloud faz hoje parte do ambiente de IT das empresas, sobretudo das pequenas e médias empresas, que têm na 'nuvem' uma oportunidade para gerir os seus negócios de uma forma mais eficiente e rentável. Um estudo realizado pela Kaspersky Lab indica que metate das empresas com menos de 50 colaboradores e 40% das organizações que têm entre 50 e 249, contam com trabalhadores que executam tarefas remotamente e necessitam de aceder a dados e aplicações através da cloud.
E, à medida que as empresas crescem, experienciam uma necessidade de serviços na cloud: 73% das PMEs e 56% das micro PMEs utilizam, pelo menos, um serviço na cloud. Entre as ferramentas SaaS mais populares encontram-se os serviços de correio eletrónico, o armazenamento de documentos e colaborações, e finanças e contabilidade.
O problema está na perda de controlo nestes ambientes híbridos, uma vez que as empresas raramente migram cem por cento para a cloud. Segundo o fornecedor de soluções de cibersegurança, as infraestruturas de IT nas organizações estão a consolidar cada vez mais serviços e aplicações e, em muitas ocasiões, não alcançam os níveis de controlo e visibilidade adequados. Como consequência, 66% das empresas com menos de 250 colaboradores têm dificuldade em gerir estas infraestruturas de IT heterogéneas.
Segundo a Kaspersky, o problema reside no facto de os especialistas internos de IT nem sempre possuírem experiência adequada para enfrentar estes desafios. Cerca de 14% das empresas entre os 50 e 249 colaboradores confiam a gestão da sua segurança IT a equipas não especialistas em IT, o que pode originar riscos reais para a cibersegurança das empresas, que nem sempre podem ou tem tempo para a avaliar, uma vez que concentram a maior parte da sua atenção no desenvolvimento dos seus negócios.
As PME estão, ainda assim, conscientes da importância de assegurar e proteger as informações dos seus clientes. Tanto para as micro PME como para as PME, a segurança dos dados é o principal desafio. Para 49% das micro PME e 64% das PME, os dados dos clientes são armazenados nos dispositivos móveis dos colaboradores e a filtração destes dados tem o potencial não só de danificar a reputação da empresa mas também de gerar grandes perdas económicas derivadas de litígios e reclamações.
Enquanto as empresas de maiores dimensões contam com recursos de reserva para superar estes incidentes, as organizações de pequena e média dimensão poderão enfrentar consequências mais dramáticas, como interrupções na produção ou mesmo perda de negócio.
Ainda que as pequenas empresas estejam a par do problema, não possuem uma ideia clara sobre em quem recai a responsabilidade destes ativos que se processam em serviços da cloud. As empresas com até 49 colaboradores revelam uma atitude inquietante perante o problema: quase 2/3 (64%) das micro PMEs inquiridas estão convencidas que o fornecedor de serviços é o responsável pela segurança das aplicações de troca de documentos, uma opinião partilhada por 56% das PMEs inquiridas no mesmo estudo.
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