2024-3-26
Os gastos das empresas europeias em cibersegurança deverá crescer a dois dígitos durante o ano de 2024 numa resposta às ameaças constantes
De acordo com o “Worldwide Security Spending Guide” publicado pela IDC, os gastos europeus com segurança vão crescer 12,3% em 2024, marcando mais um ano de forte impulso, com crescimento de dois dígitos. Espera-se que os gastos na região aumentem a um ritmo constante ao longo de todo o período de previsão (2022-2027), atingindo 84 mil milhões de dólares em 2027. A segurança prova assim ser uma área chave de investimento em IT para as organizações europeias, que terão de continuar a enfrentar a ameaça constante de ataques cibernéticos, protegendo ambientes de nuvem híbrida e garantindo a conformidade com regulamentações nacionais e internacionais (por exemplo, NIS 2 e DORA). A tendência significativa de crescimento das despesas com segurança caracterizará toda a região europeia em 2024, com os países da Europa Central e Oriental (CEE) a apresentarem as taxas de crescimento mais elevadas, impulsionados pelo aumento constante do mercado de software. Na verdade, espera-se que o software e os serviços de segurança sejam as principais áreas de crescimento em todos os países europeus, incluindo os que mais gastam – Reino Unido, Alemanha e França – que juntos representam mais de 50% do mercado europeu. “As organizações europeias enfrentam níveis de ciberameaça sem precedentes, impulsionados por uma enorme e voraz economia de cibercriminalidade, pela proliferação de todas as ferramentas e serviços de ataque imagináveis na dark web e por um cenário geopolítico turbulento”, afirma Mark Child, Associate Research Director da IDC European Security. “A União Europeia está a esforçar-se por impulsionar uma melhoria regional na resiliência cibernética através de uma série de medidas legislativas que, nomeadamente, também vão trazer um envolvimento muito maior da gestão executiva na estratégia de segurança cibernética. No entanto, enfrentar a ameaça requer um envolvimento substancial e holístico de todas as organizações. As estratégias de investimento em cibersegurança precisam de se unir em torno de uma melhor quantificação do risco cibernético, de um equilíbrio entre medidas preventivas e proativas, da consideração de todos os grupos de utilizadores e processos empresariais, e da disponibilidade de competências e recursos necessários, tanto internos como provenientes de terceiros”. Os bancos, o governo central, o governo local, as telecomunicações e o retalho serão os que vão gastar mais em segurança este ano. Estas cinco indústrias combinadas representarão quase 38% do mercado total de segurança europeu. Os setores que mais crescerão em 2024 serão os bancários (crescimento anual de 14,2%), media e entretenimento (14,0%) e aeroespacial e defesa (13,8%). “As ferramentas cada vez mais sofisticadas disponíveis para os cibercriminosos – incluindo agora a IA generativa – estão a transformar a segurança de um requisito técnico num fator estratégico chave para que empresas de todos os sectores se mantenham competitivas no mercado. Isto é ainda mais verdadeiro para setores verticais como bancos, media, defesa, telecomunicações e governo, onde os ataques cibernéticos podem ter consequências terríveis nas operações comerciais e na reputação da organização”, afirma Stefano Perini, Research Manager do IDC European Data and Analytics. “As pequenas e médias empresas, que estão tradicionalmente menos preparadas do que as grandes empresas em termos de cibersegurança, também estarão particularmente expostas à onda crescente de ciberataques. Em resposta a isso, concentrar-se-ão cada vez mais em serviços geridos, bem como na formação dos seus funcionários para lidar com os novos riscos de segurança”. |