2017-3-20
A Kelihos (ou Hlux) espalha-se através do envio de mensagens de spam massivas que contêm links para outros tipos de malware. Este foi o ataque que mais infetou os utilizadores portugueses durante o mês de fevereiro e uma das famílias de malware mais comuns a nível mundial
Conhecida como uma das piores botnets, a Kelihos foca-se sobretudo no negócio de roubo de bitcoins. Espalha-se através do envio de mensagens de spam massivas que contêm links para outros tipos de malware. A botnet consegue, ainda, comunicar com outros PCs para trocar informações acerca da melhor forma de enviar emails de spam, roubar informações sensíveis e executar ficheiros maliciosos. De acordo com a Check Point, este foi o ataque com que os portugueses mais tiveram de se preocupar durante o mês de fevereiro. De seguida, a Check Point identificou o Conficker como a ameaça mais prevalente em Portugal. Este worm atua contra computadores com Windows e explora as vulnerabilidades do sistema operativo, lançando ataques contra as passwords do utilizador para permitir a sua propagação enquanto forma uma botnet. A infeção permite ao atacante aceder aos dados pessoais dos utilizadores, como a sua informação bancária, os números dos seus cartões de crédito e as suas passwords. Propaga-se através de websites como Facebook e Skype. O HackerDefender foi a terceira ameaça que mais infetou os utilizadores portugueses durante o passado mês de fevereiro. Este rootkit para Windows 2000 e Windows XP, que também pode funcionar em sistemas Windows NT, modifica várias funções Windows e API nativas para permanecer fora dos radares do software de segurança. O HackerDefender está amplamente disseminado uma vez que está disponível para aquisição online, sendo ainda fácil de instalar. A nível mundial, umas das principais novidades no panorama das ciberameaças foi a rápida proliferação do Hancitor, que escalou 22 posições no ranking das principais ameaças e figura agora no top cinco. Este gestor de downloads, que instala software malicioso como Trojans bancários e ransomware nos dispositivos infetados, escalou 22 posições depois de triplicar o seu impacto global durante o último mês. O Hancitor, também conhecido como Chanitor, tem a forma de um documento do Office com macros, e distribui-se através de e-mails de phishing com ficheiros supostamente importantes, como mensagens de voz, faxes ou faturas. Por outro lado, o índice da Check Point identificou Kelihos, uma botnet usada para roubar bitcoins, como a família de malware mais comum, com 12% das empresas a nível mundial afetadas por esta ameaça. Ativo desde 2010, o Kelihos original evoluiu numa rede de bots de aluguer, que envia spam da parte de qualquer pessoa disposta a pagar pelo serviço. Apesar de ter caído em 2011 e em 2012, ressurgiu recentemente e triplicou de tamanho em apenas dois dias, em agosto do ano passado. Hoje, continua a crescer sendo um dos distribuidores mais importantes de spam em todo o mundo, com mais de 300 mil máquinas infetadas, cada uma capaz de enviar mais de 200 mil e-mails por dia. Em conjunto, a segunda família que mais empresas infetou durante o mês de fevereiro foi o HackerDefender, com um impacto de 5%, seguida do Cryptowall, que afetou 4,5% das organizações a nível mundial. Estas três famílias mostram que os cibercriminosos utilizam uma ampla gama de vetores e táticas para atacar as empresas. As ameaças afetam todos os passos da cadeia de infeção, incluindo os emails de spam que se propagam por botnets, e que contêm gestores de downloads que eventualmente colocam ransomware ou um Trojan no terminal da vítima. |