2016-12-02

SECURITY

Backup anti-Trump

O Internet Archive, organização sem fins lucrativos que armazena a quase totalidade da nossa história digital, afirma que vai criar um backup no Canadá como precaução face à nova administração da Casa Branca

Backup anti-Trump

O Internet Archive é como um "Time Machine". O website do Jornal Expresso tal como existiu no dia 17 de Abril de 1999 - Durão Barroso lider da oposição ao governo de Antóno Guterres

O Internet Archive, considerado o maior repositório digital do mundo que armazena cópias de biliões de sites, músicas, filmes livros e outras expressões de comunicação digital, anuncia que vai manter um backup no Canadá após a eleição de Donald Trump.

A organização, baseada na Califórnia, indicou que as posições da futura administração Trump eram um “sinal claro” de que é preciso salvaguardar o património da humanidade contra excessos por parte de políticos.

A organização arquiva 300 milhões de sites por semana e admitiu que armazenar uma “cópia” no Canadá custaria "milhões".

O Internet Archive é um enorme registo de sites, livros, áudio e software que pode ser navegado gratuitamente online. Permite que qualquer pessoa navegue em websites numa “timeline” e ver os conteúdos desse domínio ao longos dos últimos 20 anos.

 

                    Esta era a oferta de telemóveis no site da Telecel (atual Vodafone) no Natal de 1996

 

A organização sem fins lucrativos afirmou que a sua missão sempre será  a de manter "materiais culturais seguros, privados e perpetuamente acessíveis".

Para o Internet Archive,  armazenar uma cópia dos dados fora dos EUA significa, sobretudo, que "ninguém nunca será capaz de mudar o passado", salvaguardando é claro os pedidos de remoção de pessoas e organizações visados por difamação.

Uma cópia dos dados armazenados no Canadá não estaria sujeita a legislação de censura eventualmente introduzida nos EUA se o executivo de Trump avançasse no que definiram como “áreas da Internet fechadas" para combater o extremismo.

Mas pode ser a velhinha constituição americana, escrita em papel com caneta de pena que pode salvaguardar o digital:

"Qualquer tentativa de filtrar as atividades online de grupos extremistas iria inevitavelmente violar os direitos dos cidadãos consagrados na Primeira Emenda", comentou David Greene do grupo de liberdades civis Electronic Frontier Foundation.

Outros movimentos civis de defesa da liberdade digital alertam em outros países que o mesmo tipo de risco está presente, incluindo o Reino Unido, possivelmente o país democrático que logo a seguir ao EUA tem a maior capacidade tecnológica de interferir na liberdade digital dos cidadãos.
 

Viaje no tempo pelo arquivo do Internet Archive

 

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