2020-9-20
Durante o primeiro semestre do ano, o número de ataques DDoS que afetaram recursos de educação online aumentaram 350% por mês em comparação ao mesmo período de 2019
Os ataques DDoS os recursos educativos cresceram exponencialmente na primavera deste ano, em comparação com o ano anterior. De janeiro a junho de 2020, o número de ataques DDoS que afetam recursos educativos online aumentou no mínimo 350% por mês, quando comparado com o mês homólogo em 2019. Num ataque de negação de serviço (DoS), os hackers tentam sobrecarregar um servidor de rede com pedidos de serviços de modo a que o servidor falhe e negue o acesso aos utilizadores. Os ataques DoS envolvem apenas um computador. No entanto, o que tipicamente ocorre é um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS). Estes envolvem uma "botnet" - uma série de computadores infetados que podem executar tarefas em simultâneo. Os ataques DDoS são particularmente problemáticos porque podem durar desde alguns dias a algumas semanas, causando perturbações nas operações das organizações e - no caso de recursos educativos - impedir aos estudantes e aos colaboradores o acesso a materiais críticos. Durante o primeiro semestre deste ano, as redes tornaram-se o alvo preferido de ciberataques, uma vez que cada vez mais as pessoas passaram a estar online, devido à pandemia. De facto, a nível mundial, o número total de ataques DDoS aumentou 80% no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o primeiro trimestre de 2019. Além disso, os ataques aos recursos educativos foram responsáveis por uma grande parte deste crescimento. Entre janeiro e junho de 2020, o número de ataques de DDoS que afetaram os recursos educativos aumentou pelo menos 350%, quando comparado com o mês correspondente em 2019. Mas ataques DDoS não foram as únicas ciberameaças enfrentadas por professores e estudantes. De janeiro a junho de 2020, 168.550 utilizadores únicos da Kaspersky encontraram um crescente número de diferentes ameaças disfarçadas de populares plataformas de aprendizagem online/aplicações de videoconferência (Moodle, Zoom, edX, Coursera, Google Meet, Google Classroom, Blackboard). Os docentes também encontraram um número crescente de páginas de phishing e emails que exploravam estas mesmas plataformas, pondo-as assim em risco de descarregar várias ameaças. "A aprendizagem à distância tornou-se uma necessidade para milhares de milhões de estudantes na primavera passada e muitas instituições educacionais foram forçadas a fazer a transição com pouca ou nenhuma preparação. O consequente aumento da popularidade dos recursos educativos online, associado a esta falta de preparação, tornou o setor educativo num alvo ideal para ciberataques. Tendo em conta que muitas escolas e universidades planeiam continuar a realizar aulas online, é fundamental que neste regresso às aulas estas organizações tomem medidas para proteger os ambientes de aprendizagem digital", comenta Alexander Gutnikov, especialista em segurança da Kaspersky. |