2015-12-17
Segundo dados da Kaspersky Lab, este ano foi marcado pela saturação na procura de programas maliciosos, refletindo uma redução de 15 mil, em relação ao número diário de novas amostras de malware detetadas, passando das 325 mil em 2014 para as 310 mil em 2015.
Os analistas da empresa indicam que tal poderá ter acontecido principalmente devido ao elevado custo no desenvolvimento de novos códigos maliciosos.
Ao utilizarem programas de publicidade maliciosa (adware), ou assinaturas digitais nos seus ataques, os criminosos virtuais aperceberam-se que conseguem os mesmos resultados.
Verifica-se que entre 2012 e 2013 existiu um rápido aumento no número de novos ficheiros maliciosos, detetados pela Kaspersky, subindo de 200 mil novos malwares por dia para os 315 mil, respetivamente em 2012 e 2013. No ano passado o crescimento foi menor, aumentando a taxa em 10 mil ficheiros por dia.
"O cibercrime perdeu o romantismo. Hoje, há um mercado profissional para a criação, comercialização e distribuição de malware para tarefas específicas. Isto já é uma realidade e o mercado negro de programas maliciosos está a evoluir no sentido da simplificação. Acredito que não veremos mais programadores em busca de status ou fama. Também estamos a verificar essa tendência entre os operadores de ataques dirigidos", afirma Vyacheslav Zakorzhevsky, chefe da equipa de antimalware da Kaspersky Lab.
Visto que os ataques mais elaborados, com rootkits, bootkits ou vírus que se auto replicam são eficazes mas aportam custos elevados, reduzindo as margens de lucro, os cibercriminosos apostaram em adwares, passando a atuar quase como uma empresa, comercializando software, serviços e outros itens.
Outra das tendências sinalizadas pela Kaspersky Lab é o uso mais amplo de certificados digitais pelos criminosos virtuais. Através da compra ou roubo de certificados, os invasores tentam enganar o software de segurança, de modo a que este confie em ficheiros com assinaturas digitais.