2016-8-05
O cibercrime é um fenómeno bastante comum durante as viagens e, segundo um estudo da Kaspersky Lab, cerca de 50% das pessoas esquecem-se de que os seus dispositivos estão repletos de informações pessoais e sensíveis
O estudo da Kaspersky incidiu sobre mais de 11 mil pessoas oriundas da Europa, América Latina, Ásia-Pacífico e EUA, revelando que o cibercrime incide especialmente em época de férias, atacando durante viagens. O facto de informações como mapas e confirmações de hotéis, e até detalhes do check-in e boarding passes estarem, cada vez mais, online, obriga os turistas a conectar-se assim que chegam ao destino. Desta forma, muitos acabam por preferir utilizar as redes Wi-Fi públicas, em vez de se arriscarem a elevadas cobranças de roaming, ainda que esta opção também os exponha a riscos. Muitas pessoas não têm a noção de como se apresentam online, nem têm em conta quem poderá estar a “vê-las”. Pouco depois de saírem dos aviões, quase metade das pessoas (44%) conectam-se imediatamente a redes Wi-Fi. Cerca de 69% para informarem a família que chegaram em segurança e quase quatro em cada dez pessoas (39%) afirma ligar-se, essencialmente, para fazer o download de informações relacionadas com a viagem. A pressão do trabalho também é um fator relevante (38%), bem como o desejo de saber o que se passa nas redes sociais (34%). Um em cada três (34%) afirmam que é instintivo colocar-se online assim que possível. Assim, 82% das pessoas ligam-se a redes de acesso público muito pouco seguras em locais como: aeroportos, hotéis, cafés ou restaurantes. Adicionalmente, metade das pessoas (50%) esquece-se de que os seus dispositivos estão cheios de informações pessoais e sensíveis – uma vez que os usam para tantas coisas diferentes como tirar fotografias ou consultar mapas. No entanto, o facto de um utilizador se encontrar longe de casa e de redes seguras, faz com que essa falta de procura por redes de confiança jogue a favor dos hackers. Quase uma em cada cinco pessoas (18%) já foi vítima de cibercrimes durante uma viagem, comparando com os 6% que já experienciaram um crime na “vida real”. Estes ataques são apenas um reflexo do comportamento dos utilizadores, que não se altra praticamente durante as viagens, ainda que a exposição a redes pouco seguras possa ser maior. Cerca de metade dos entrevistados afirmam depositar dinheiro (61%) e fazer compras online (55%) através de redes Wi-Fi no estrangeiro. A vulnerabilidade dos utilizadores aumenta através das atividades que realizam online quando estão fora do seu país. Por exemplo, uma em cada oito pessoas (13%) afirma fazer mais publicações nas redes sociais quando está fora e uma em cada sete (14%) admite que faz mais compras online através do cartão de crédito. |