2015-5-28

REDES

Tráfego mundial IP deverá triplicar até 2019

Em 2019, mais de dois terços do tráfego IP global terá origem nas conexões móveis (incluindo WiFi), ao passo que o vídeo IP representará cerca de 80% do total de tráfego, de acordo com o mais recente relatório da Cisco

Tráfego mundial IP deverá triplicar até  2019

A Cisco prevê que o tráfego global de dados IP atinja os 168 exabytes por mês em 2019, mais 59.9 exabytes por mês que em 2014.

Segundo o Relatório Cisco Visual Networking Index (VNI) Global Forecast and Service Adoption 2014-2019, o tráfego IP anual vai triplicar – atingindo os 2 zettabytes (mais de dois biliões de Gigabytes anuais) – entre 2014 e 2019, o que representa uma taxa de crescimento anual composta de 23% entre 2014 e 2019. Entre os principais fatores de crescimento estão o aumento do número de utilizadores da Internet, dispositivos pessoais e conexões Máquina-a-Máquina (M2M), maiores velocidades nos acessos de banda larga e a adoção de serviços de vídeo avançados. Em conjunto, espera-se que estas variáveis gerem um tráfego IP global com uma taxa de crescimento de 23% - a primeira subida do valor da taxa de crescimento numa década de previsões do VNI.

A Cisco prevê, assim, que o tráfego global de dados IP atinja os 168 exabytes por mês em 2019, mais 59.9 exabytes por mês que em 2014. Em 2019, o fluxo de tráfego nas redes IP vai ser quase tanto quanto o total acumulado entre 1984 e 2013.

A tecnológica revela que vários elementos vão moldar o tráfego IP nos próximos anos, a começar por um maior número de utilizadores da Internet. À medida que se expandem as redes fixas e móveis, um maior número de pessoas terá acesso à Internet. Em 2019, haverá cerca de 3.900 milhões de utilizadores de Internet (cerca de 51% da população mundial prevista: 7.600 milhões de habitantes de acordo com a ONU). Em 2014, o número de internautas à escala global foi de 2.800 milhões (39% da população total mundial, situada nos 7.200 milhões).

A empresa prevê também 24.000 milhões de dispositivos/conexões online em 2019 (face aos 14.000 milhões contabilizados em 2014) e que as redes dos operadores de telecomunicações deverão ter de se adaptar ao crescente número de dispositivos de última geração, incluindo tablets, smartphones e TVs de ultra alta definição (UHD) com acesso à Internet, para além das conexões M2M e wearables.
Em 2019 haverá 3,2 dispositivos/conexões em rede per capita à escala global, contra os 2 registados em 2014. Estes dispositivos avançados deverão ser autenticados para obter acesso às redes fixas e móveis, o que requer melhorias na inteligência, gestão e segurança. Diz a Cisco que é fundamental uma estratégia para suportar a massificação do protocolo IPv6 - cerca de 41% de todos os dispositivos/conexões fixas e móveis serão compatíveis com IPv6 em 2019 (22% em 2014).

A nível global, a velocidade média de banda larga fixa vai duplicar entre 2014 e 2019, dos 20,3 Mbps para os 42,5 Mbps. Em termos anuais, a velocidade média de banda larga fixa cresceu 26% à escala global entre 2013 e 2014, dos 16 para os 20,3 Mbps. Por regiões, a Europa Ocidental e a Ásia-Pacífico continuarão a liderar a velocidade em conexões de banda-larga fixa e tanto a América do Norte como outras regiões estão a atualizar os seus recursos de rede para suportar um maior número de aplicações e conteúdos com utilização intensiva de largura de banda, tal como o vídeo em ultra alta definição. Em 2019, 33% de todas as conexões de banda larga fixa à escala global irão superar os 25 Mbps (comparando com 29% atualmente) e 26% ultrapassarão os 50 Mbps (14% atualmente).

O vídeo IP representará 80% de todo o tráfego IP em 2019, contra os 67% que representou em 2014. O aumento de serviços de vídeo avançados – como a ultra alta definição e o vídeo esférico/a 360º - e de aplicações M2M baseadas em vídeo poderão significar novos requisitos de largura de banda e escalabilidade para os fornecedores de serviços.

Em 2019, mais de 14% do tráfego IP mensal virá de conexões celulares à escala global, ao passo que 53% resultará de conexões WiFi: o WiFi e dispositivos móveis conectados gerarão 67% de todo o tráfego IP em 2019 (WiFi cerca de 53% e as conexões celulares outros 14%), face ao tráfego proveniente de acessos fixos que representará 33% de todo o tráfego à escala global.

Em 2014, o tráfego fixo representou 54% de todo o tráfego IP, enquanto o WiFi representou 42% e o celular apenas 4%.

O aumento das conexões M2M – que vão triplicar nos próximos cinco anos até alcançarem 10.500 milhões a nível global. O setor da saúde vai registar o crescimento mais rápido entre as conexões M2M, aumentando 8,6 vezes entre 2014 e 2019 (taxa de crescimento anual composta de 54%). O segmento das smart homes irá representar quase 48% de todas as conexões M2M em 2019. O tráfego global de IP resultante das conexões M2M vai aumentar 15 vezes durante o mesmo período, passando dos 308 Petabytes registados em 2014 (0,5% do tráfego global) para os 4,6 Exabytes em 2019 (2,7% do tráfico IP).

Na Europa Ocidental, o tráfego IP atingirá os 24,7 Exabytes mensais em 2019 (multiplicando-se por 2,6; taxa de crescimento anual composta de 21%)

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