2016-6-09
Em 2020, estima-se que haverá 26,300 milhões de dispositivos conectados à escala global e mais de 4 mil milhões de utilizadores de Internet, embora 71% do tráfego IP seja proveniente de dispositivos que não o PC
Segundo os resultados do décimo Relatório Anual Cisco Visual Networking Index (VNI) Global Forecast and Service Adoption 2015-2020, o tráfego global de IP irá multiplicar-se quase por três nos próximos cinco anos, alcançando 2,3 Zettabytes anuais (194,4 Exabytes mensais) em 2020, contra os 870 Exabytes anuais registados em 2015 (72,5 Exabytes mensais). Estes valores representam uma taxa de crescimento anual de 22% entre 2015 e 2020. É esperado que em 2020 haja mais de 4 mil milhões de utilizadores de Internet, o que representa 52% da população mundial prevista, face aos 3 mil milhões registados em 2015 (40% da população mundial). Além disso, as previsões apontam para que daqui a quatro anos haja 26.300 milhões de dispositivos conetados (3,4 por cada habitante do planeta), face aos 16 300 milhões contabilizados em 2015 (2,2 dispositivos per capita), incluindo tablets, smartphones e TVs de ultra-alta definição, além das conexões M2M e dispositivos portáteis como relógios inteligentes e outros dispositivos de controlo de saúde. A evolução da Internet of Things (IoT) continua a impulsionar o crescimento do tráfego IP. Videovigilância, medidores inteligentes, dispositivos de controlo de saúde e outros serviços M2M de nova geração estão a contribuir para este crescimento. Estima-se também que as conexões M2M cresçam dos 4.900 milhões de registos em 2015 para 12.200 milhões em 2020 (representando quase metade de todos os dispositivos conectados – 46%). O segmento de saúde conectada terá o crescimento mais rápido de conexões M2M, multiplicando-se por cinco entre 2015 e 2020 (729 milhões), ao passo que o segmento de lar conectado será quase metade (5.800 milhões) de todas as conexões M2M durante o período analisado. Em 2020 haverá mais de 200 milhões de lares inteligentes à escala global, face aos 90 milhões contabilizados em 2015. Tráfego gerado por smartphones supera PCs Neste relatório, os smartphones ocupam uma posição de destaque, com uma previsão de 71% de todo o tráfego de IP a ser proveniente de dispositivos que não PCs em 2020, incluindo smartphones (30%), TVs (25%), tablets (13%) e módulos M2M (3%), face aos 47% existentes em 2015. Daqui a quatro anos, os PCs serão responsáveis por apenas 29% do tráfego IP, um decréscimo significativo face aos 53% verificados em 2015. O vídeo IP irá crescer três vezes mais, alcançando 82% de todo o tráfego IP em 2020, a partir dos 70% registados em 2015 (aumento anual de 26%), impulsionado pela crescente utilização de vídeo na Internet como vídeo IP on demand, troca de arquivos, jogos com vídeo em streaming e videoconferência. O vídeo IP representará 84% do total de tráfego empresarial (36% em 2015), representando 63% de todo o tráfego empresarial (36% em 2015). Em 2020, o vídeo (combinando consumo e negócios) representará 79% de todo o tráfego de Internet (63% em 2015), sendo o vídeo em HD e ultra HD respetivamente 66% e 16% do total. Banda Larga duplica velocidade A nível global, a velocidade média de banda larga fixa vai crescer dos 24,7 Mbps para os 47,7 Mbps, entre 2015 e 2020. Cerca de 38% de todas as conexões de banda larga fixa vão superar os 25 Mbps em 2020 (30% atualmente) e 35% vão ultrapassar os 50 Mbps (19% hoje). O tráfego fixo/WiFi representará 50% de todo o tráfego IP em 2020 (42% em 2015), com uma taxa de crescimento anual de 29% em todo o período analisado. O tráfego fixo/cablado vai representar 34% do total de tráfego IP em 2020 (52% em 2015), com uma taxa de crescimento anual de 11%. Por seu lado as conexões celulares representarão 16% de todo o tráfego IP em 2020 (5% em 2015), com uma taxa de crescimento anual de 53%. O número de hotspots WiFi Públicos, incluindo pontos de WiFi de lares, vão multiplicar-se por sete à escala global entre 2015 (64 milhões) e 2020 (432 milhões), sendo 423 milhões correspondentes a lares (57 milhões em 2015). A nível da Europa Ocidental, espera-se uma média de 28 Exabytes mensais em 2020. |