2014-10-28

REDES

Taxar o tráfego de dados online? Na Hungria, sim

O governo húngaro pretende taxar em €0,49 cada gigabyte de dados gerados online, já em 2015, uma medida que levanta sérias questões quanto ao controlo do acesso à Internet.

Taxar o tráfego de dados online? Na Hungria, sim

Mais de dez mil pessoas manifestaram-se este domingo na Praça nos Heróis, em Budapeste, e em outros pontos da capital da Hungria.

Apesar do governo da Hungria ter estipulado que a taxa será paga exclusivamente pelas empresas que disponibilizam serviços de acesso à Internet, poucos nos país acreditam que esse encargo não seja transferido para o consumidor, uma vez que irá forçar os operadores a aumentar necessariamente os preços.

Associar maiores custos ao tráfego de dados online – além de poder vir a comprometer a economia do país –, significa um aumento das desigualdades no acesso à Internet e um condicionamento à circulação de informação livre e plural que caracteriza a world wide web.

Mais de dez mil pessoas manifestaram-se este domingo nas ruas de Budapeste contra a medida, atirando teclados de computador e outros dispositivos à sede do partido do governo, apesar de o executivo ter garantido que a taxa terá um tecto de 2,27 euros por pessoa/mês e de €16,2 por empresa/mês.
Para entender o impacto na "carteira" de um cidadão, é preciso ter em conta que o "Product Per Capita" é de apenas 63% de um português.


A verdade é que o governo húngaro tem tomado recentemente algumas medidas pouco populares, nomeadamente taxas sobre o sector do retalho, publicidade nos meios privados, das telecomunicações e da banca, com o objectivo de contrariar o défice orçamental do país.

O governo da Hungria já foi repetidamente advertido pela União Europeia sobre questões relacionadas com liberdade de imprensa e acesso à informação.

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