2016-6-02
A previsão é do mais recente “Mobility Report”, da Ericsson, segundo o qual a Internet of Things ultrapassará os telemóveis enquanto categoria com o maior número de equipamentos conectados até 2018.
Entre 2015 e 2021, o número de dispositivos IoT conectados deverá registar um crescimento anual de 23 por cento. Deste total, prevê-se que a área da IoT celular apresente a maior taxa de crescimento. Dos 28 mil milhões de dispositivos conectados até 2021, aproximadamente 16 mil milhões serão dispositivos de IoT. A Europa Ocidental irá liderar o crescimento de ligações IoT – o número de equipamentos IoT neste mercado deverá crescer 400 por cento até 2021. Este cenário será impulsionado por uma série de requisitos regulatórios associados, por exemplo, à utilização de contadores inteligentes e à procura crescente por automóveis conectados. Está ainda aqui incluída a diretiva eCall da União Europeia, que será implementada em 2018. “A IoT está a acelerar à medida que se verifica uma redução dos preços dos dispositivos e ao surgimento de várias aplicações inovadoras. A partir de 2020, a implementação comercial das redes 5G irá oferecer capacidades adicionais que são verdadeiramente críticas para a IoT, como a rede de múltiplas configurações e a capacidade de ligar exponencialmente mais equipamentos do que atualmente é possível”, aponta Rima Qureshi, vice-presidente senior e Chief Strategy Officer, na Ericsson. Subscrições de smartphones ultrapassarão as de telefones As subscrições de smartphones continuarão a aumentar. Até 2021, as subscrições de smartphones irão praticamente duplicar, passando dos 3,4 mil milhões para os 6,3 mil milhões, ultrapassando as dos telemóveis básicos. O relatório aponta ainda a mudança que está a ocorrer nos hábitos de visualização de conteúdos por parte dos mais jovens: o uso de dados móveis em smartphones cresceu 127 por cento em apenas 15 meses (2014-15). Num período de quatro anos (2011-15) houve um decréscimo de 50 por cento no tempo em que cada adolescente passa a ver TV ou vídeo num ecrã de televisão, em contraponto com um aumento de 85 por cento nas visualizações de TV ou vídeo num smartphone. Segundo a Ericsson, o ano de 2016 irá registar um pico de velocidade de dados de 1 Gbps (downlink) suportado pelas redes comerciais LTE. Tráfego de dados imparável O tráfego global de dados móveis cresceu 60 por cento entre o primeiro trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016, devido ao aumento do número de subscrições de smartphones e ao aumento do consumo de dados por assinante. Até o final de 2021, cerca de 90 por cento do tráfego de dados móveis virá dos smartphones. Por outro lado, as subscrições LTE registaram o maior índice de crescimento no primeiro trimestre de 2016: foram registadas 150 milhões de novas assinaturas durante o trimestre – um valor que foi impulsionado pela procura por uma melhor experiência de utilização e por redes mais rápidas – tendo alcançado um total de 1,2 mil milhões. A tecnologia LTE com uma velocidade de pico de dados de 1 Gbps deverá estar comercialmente disponível em 2016. Segundo a Ericsson, o 5G deverá arrancar mais cedo do que o esperado. É necessária uma harmonização do espetro entre os países que planeiam antecipar a sua implementação. Isto, juntamente com o atual processo da WRC-19, que surge focado no espetro para implementações comerciais do 5G posteriores a 2020. |