2019-5-15
Quase um ano antes da data de referência da Comissão Europeia, as sete maiores cidades do Reino Unido vão ter 5G em produção comercial já este verão
Os planos da Vodafone UK para o lançamento comercial do 5G surpreendem pela positiva com o anúncio do início das operações e venda de terminais já em julho. A cobertura inicial é limitada às áreas centrais das sete maiores cidades do Reino Unido, mas a Vodafone afirma que até ao final do atual ano a lista de cidades cobertas duplicará. Num anúncio agressivo, o operador britânico vai fazer equiparar os preços do 5G aos contratos em vigor de 4G, tanto no mercado empresarial como no mercado doméstico. Do lado dos terminais, a Vodafone vai de imediato comercializar Xiaomi Mi Mix 3 5G, e em breve o Samsung S10 5G e o Huawei Mate 20 X 5G. Se num smartphone a velocidade de transferência de dados pode ser até dez vezes superior, é em todo o universo de serviços IoT que o valor do investimento terá o seu maior retorno. Outro ponto importante para o operador é que a migração do trafego irá libertar o 4G para serviços M2M menos exigentes. Parceiros da Infraestrutura 5GA Ericsson está desde o início no desenvolvimento conjunto com a Vodafone da rede 5G, especialmente nos equipamentos 5G Ran (Radio Access Network) que constitui o layer de rede que está entre o Network Core e os pontos de acesso rádio. Na prática é a tecnologia mais importante e sensível em qualquer rede móvel. Existem também 5G Ran da Huawei na solução da Vodafone UK, mas de momento não é conhecido a política futura de alianças tecnológicas para a disseminação da rede. Na sequência da recente demissão do Ministro da Defesa de Sua Majestade, sabe-se que este tema está sobre a mesa da inquilina do nº10 de Downing Street num aparente esforço de manter o fabricante oriental dentro do projeto 5G, mas fora das Ran, enquanto pressão da Casa Branca sobre os seus aliados contra o gigante das telecomunicações continua a aumentar. Ontem foi conhecida a decisão dos EUA de total bloqueio ao fornecimento de microchips americanos à Huawei ( com 4 meses para implementar a decisão) sob a justificação da segurança nacional, o que é entendido pelos analistas como parte do processo negocial na guerra comercial sino-americana. |