2024-9-26
João Figueiras, Fundador e Parceiro da Redevaerk, aborda as tendências do mercado de mobilidade e da importância da cibersegurança para a estratégia das organizações.
João Figueiras, Fundador e Parceiro da Redevaerk
O que é a Redevaerk? Em que áreas se focam? Focamo-nos em projetos de Management Consulting – aconselhamos os nossos clientes no domínio tecnológico, estabelecemos roadmaps e planos de migração, executamos análises de risco – e também projetos de Technology Services – entregamos e customizamos soluções tecnológicas, estabelecemos arquiteturas e designs, implementamos serviços geridos. Trabalhamos com networking, cloud, data e cibersegurança. O nosso grande foco está naquilo que são as infraestruturas das organizações. Apoiamo-nos, sempre que possível, em frameworks de indústria e de mercado, como a NIST, o TOGAF, o DAMA e o ITIL, e sistematizamos o nosso método em aceleradores. Quando se fala de mobilidade no IT, quais são as principais tendências que vê as organizações adotarem? Na infraestrutura, uma das tendências que a mobilidade gerou foi a permeabilidade das próprias organizações para abraçar cada vez mais serviços cloud e SaaS. Por outro lado, o aumento muito significativo do trabalho remoto a partir de localizações não controladas pela organização, gerou a necessidade de soluções de conectividade escaláveis e seguras, que sejam multiponto-multiponto. Aqui entram as soluções SASE, como é o caso do Prisma Access da Palo Alto Networks. Também passou a haver mais espaço para soluções que capacitem as organizações para ter visibilidade detalhada sobre a infraestrutura, seja a nível de conectividade, serviço ou segurança. Outra tendência que vemos, mas diria que mais impulsionada por novas tecnologias como a Inteligência Artificial, é a gestão de dados distribuída. Como atualmente temos dados on-premises e em infraestruturas de terceiros – seja na cloud que controlamos ou em serviços SaaS que não controlamos – torna-se muito relevante consolidar e trabalhar esses dados para criar novos modelos de negócios, sustentar tomadas de decisão, ou alavancar soluções de IA, para dar alguns exemplos. Que processos é que as organizações devem alterar para ter um verdadeiro conceito de mobilidade? Do ponto de vista tecnológico, existem alguns processos que, efetivamente, precisam de mudar para termos não só uma abordagem bem estabelecida à mobilidade, mas uma infraestrutura capaz de a suportar, aliada à capacidade de adaptação contínua aos avanços tecnológicos a que estamos sujeitos. Um dos processos é a gestão de recursos – humanos, técnicos ou financeiros. O grande avanço tecnológico atual tem por vezes levado as organizações a comprar de modo pouco estruturado e só em fase de implementação estabelecem ligação ao propósito de negócio, o que por vezes falha. Outro processo é a própria gestão de processos como disciplica por si só. No nosso caso, temos os processos documentados, até porque somos certificados de acordo com a ISO 9001:2015, e esta sistematização dos processos permite às organizações encontrar oportunidades de melhoria e automação. Por fim, importa implementar processos de inovação capazes de lidar com o avanço tecnológico cavalgante que atualmente experienciamos. Um ponto importante da mobilidade nas organizações é a segurança. As organizações portuguesas olham primeiro para a cibersegurança e depois para a mobilidade ou é ao contrário? Vão de mãos dadas. O que aconteceu é que a mobilidade foi uma imposição da pandemia. Existiu a preocupação de se implementaram acessos, novas estratégias de comunicação, novos modos de trabalho. No entanto as soluções tecnológicas que existiam na altura não estavam preparadas nem tinham maturidade suficiente para esta nova realidade. Atualmente, diria que uma empresa que queira endereçar ambos os temas com eficácia já o consegue fazer de modo sólido porque existem soluções, metodologias e produtos que respondem a esta mobilidade total.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Redevaerk |