Filipe Frasquilho, Diretor de Serviços TI, IP Telecom em 2025-3-12
A transição para infraestruturas híbridas, que combinam data centers empresariais, cloud privada, cloud pública e edge computing, é um desafio complexo, mas crucial para as empresas que procuram agilidade, escalabilidade e otimização de custos, garantindo a soberania dos seus dados e evitando o “lock-in” a diversos prestadores de serviços
Filipe Frasquilho, Diretor de Serviços TI, IP Telecom
Para conduzir a transição de forma estratégica, é essencial adotar uma abordagem gradual e bem planeada.
Na gestão de data centers empresariais, um outro ponto fundamental e imprescindível é a adoção de Inteligência Artificial (IA) e AIOps (Inteligência Artificial para Operações de TI). Estas tecnologias trazem uma série de benefícios significativos, especialmente em termos de eficiência e segurança em vários fatores:
Outro aspeto crucial é a gestão do ciclo de vida dos equipamentos, nomeadamente do hardware. Os servidores têm evoluído bastante, não só em desempenho, mas principalmente em eficiência energética, tendo um impacto na redução do consumo total de energia do data center. Este tema é muito importante, pois verificamos que o aumento de capacidade de computação e de desempenho é quase inversamente linear ao aumento do consumo de energia. Isto é, para a mesma capacidade de computação temos uma redução de mais de 50% da energia consumida. No entanto, apesar desta melhoria, as necessidades de computação têm sido bastante superiores a essa diminuição, principalmente quando falamos de soluções baseadas em IA. Para responder às crescentes necessidades de arrefecimento, estão disponíveis soluções de Liquid Cooling que utilizam fluidos em vez de ar para absorver o calor gerado pelos servidores, o que é mais eficiente. Existem diferentes tipos de arrefecimento por líquido, sendo o arrefecimento direto no processador o mais simples e rápido de implementar. Em resumo, as inovações em eficiência energética estão a transformar a forma como os data centers são projetados, construídos e operados. Não só reduzem o impacto ambiental, tema fundamental nos dias de hoje, mas também melhoram a eficiência e a rentabilidade dos data centers. A sustentabilidade energética torna-se essencial na estratégia dos data centers, impulsionada pela preocupação ambiental, regulamentações e redução de custos operacionais, tornando-os mais competitivos. A inovação, alicerçada na necessidade de eficiência energética, estimula à adoção de novas tecnologias de arrefecimento, energia renovável e hardware. Adicionalmente, a disponibilidade de energia renovável tem um papel decisivo na escolha da localização dos data centers. Portugal está estrategicamente posicionado relativamente à energia renovável e às comunicações internacionais, o que potencia a sua competitividade no mercado de data centers empresariais e de edge computing. A IP Telecom, sendo uma empresa 100% nacional, consegue combinar estes dois fatores cruciais com a garantia de soberania dos dados, um aspeto cada vez mais relevante no contexto internacional atual.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela IP Telecom |