Henrique Alves, Systems Engineer, Data Center & Cloud Warpcom em 2024-10-17
Todos sabemos que a Inteligência Artificial (IA) está a revolucionar o mundo e a forma como trabalhamos. Com a evolução da IA, os processos para os quais esta foi desenvolvida otimizam-se constantemente. Aliada a esta evolução vem a sua facilidade de adoção
Henrique Alves, Systems Engineer, Data Center & Cloud Warpcom
Com a crescente complexidade e escala dos data centers enfrentamos novos desafios. A IA pode desempenhar um papel essencial na resolução dos mesmos. A sua integração nas operações dos data centers marca um passo significativo no desenvolvimento de uma gestão de infraestruturas mais inteligente e eficiente. Com a IA para operações (IAOps), podemos automatizar tarefas, prever e evitar falhas, bem como otimizar o consumo de energia. Isto não só melhora o desempenho geral e a fiabilidade de um data center, como também é um passo em frente na direção de uma maior sustentabilidade. A manutenção preditiva pode ser um dos passos mais significativos na evolução dentro de um data center. Para tal, é da responsabilidade da IA, uma contínua análise de dados de múltiplos sensores e logs com o intuito de prever possíveis falhas antes destas ocorrerem. Outro ponto, igualmente importante, será a otimização e gestão de workloads. Ao analisar os dados e identificar padrões, a IAOps pode prever necessidades de recursos e com isto atribuí- los de uma forma dinâmica, automatizando tarefas rotineiras. Desta forma libertamos as equipas responsáveis e garantimos um método de trabalho mais eficiente com subsequente aumento de produtividade. Com tudo isto, não podemos simplesmente considerar que a adoção de IA será um “mar de rosas”, será um processo complexo, onde vários elementos terão de ser ponderados e discutidos. Um dos aspetos a analisar será o tipo de equipamentos necessários para este tipo de workloads. Estamos a falar de super computação e, consequentemente, preços de aquisição e consumos energéticos muito mais elevados comparativamente a servidores para virtualização. Questiono-me então se a poupança que a IAOps promete dar, compensa os gastos necessários para a sua utilização? Temos ainda o problema de moldar as infraestruturas atuais para esta nova realidade. Se o objetivo é investir para tirar partido da IA, é imperativa uma avaliação destas infraestruturas para que sejam feitas as alterações que alavanquem o seu uso. De acordo com um estudo da Gartner, “Deliver Value to Succeed in Implementing AIOps Platforms”, 46% dos IT leaders têm dificuldade em compreender os benefícios, valor e cenários de utilização para a implementação de IA. Em Portugal, vemos atualmente ambientes que ainda não estão otimizados para virtualização e por isso mesmo, acredito que a adoção deste tipo ainda tenha um longo caminho a percorrer. Para a IAOps mudar por completo os data centers, tem que estar 100% integrada em todos os sistemas e processos. Isto requer uma abordagem estratégica, considerando fatores como a privacidade de dados, a segurança e as potenciais implicações éticas. Quando implementada corretamente, a IA pode ser a pedra fulcral no futuro dos data centers, impulsionando a inovação e permitindo que as organizações se mantenham à frente num cenário cada vez mais competitivo. Para este tipo de desafios as empresas podem contar com a Warpcom como o seu parceiro tecnológico. Temos várias equipas das diversas áreas das TIs, que podem apoiar na adoção e utilização destas novas tecnologias, mantendo sempre o foco de tornar clientes e parceiros cada vez mais capazes de liderar o mercado, nas suas respetivas áreas de atuação.
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