Miguel Bilimória, Research & Development Director da PHC Software (a Cegid Company) em 2025-4-22
A Inteligência Artificial está a mudar aceleradamente o setor do IT e a redefinir a forma como as empresas operam
Miguel Bilimória, Research & Development Director da PHC Software (a Cegid Company)
Mais do que uma revolução tecnológica, esta é uma grande oportunidade de crescimento para todos. Sobretudo para os prestadores de serviços e revendedores, que podem destacar-se e oferecer mais valor aos clientes. No caso da PHC, agora Cegid, e de muitas outras empresas, a rede de Parceiros. A questão não é se a IA vai ter impacto, porque isso já acontece. Resta, por isso, estar preparado. A IA como acelerador de negóciosA adoção da IA está a acelerar todos os setores. Ela é, cada vez mais, um elemento essencial para melhorar a eficiência operacional e criar fontes de receita. Os Parceiros que conseguirem integrar a IA na sua oferta, estarão um passo à frente da concorrência. Cada vez mais, o Parceiro posiciona-se como um consultor de transformação digital, que ajuda os seus clientes a repensar processos, acelerar decisões e melhorar a produtividade com IA. Por conhecerem bem os negócios dos seus clientes e serem especialistas na implementação de software, podem – e devem! – assumir um papel estratégico, tanto na escolha das soluções mais adequadas, como a comprovar que são eficazes. Ser Parceiro-consultor é uma oportunidade de negócio única, à espera de ser aproveitada. Um mundo de vendas e serviços por descobrirOutra área promissora é a preparação da infraestrutura otimizada para IA, já que a crescente necessidade de computação de alto desempenho e hardware especializado, abre portas para quem vende servidores, espaço de armazenamento e soluções na cloud preparadas para suportar cargas de trabalho intensivas. Até porque a IA possibilita a eficiência dos processos empresariais, o que permite oferecer soluções como chatbots, assistentes virtuais e análise de dados avançada para otimizar operações e reduzir custos. Tudo isto sem esquecer que o crescimento da venda de serviços é também uma oportunidade, já que a IA permite criar novas soluções, como a monitorização inteligente, a segurança digital avançada ou a gestão tecnológica automatizada. Soluções que ampliam a oferta e aumentam o valor reconhecido pelos clientes. Resultado? Ao criarem relações comerciais mais fortes, consolidam um posicionamento diferenciado no mercado. Desafios que é preciso ultrapassarOs maiores desafios que vemos nos nossos clientes ao implementar Inteligência Artificial, nomeadamente a IA generativa, dividem-se em três frentes: dados, cultura e capacitação. O primeiro é a disponibilidade, qualidade e centralização dos dados. A IA precisa de dados bons para funcionar bem. Diria mesmo que todas as utilizações de IA começam com dados de qualidade que permitam gerar novos dados. E muitos clientes ainda têm a informação espalhada por múltiplos sistemas, em Excel ou, até, mal organizada dentro do ERP. Se os dados já existirem num repositório central e forem bem tratados, a aplicação de IA é mais simples e célere. A segunda barreira é cultural e de mindset. Muitas vezes, a forma ideal de usar a IA num contexto empresarial não é automatizar ou tornar mais eficiente o processo atual, mas sim reimaginar ou redefinir cada processo, tomando partido das capacidades acrescidas que a IA nos dá. Por fim, temos o desafio da capacitação interna. A nossa abordagem tem sido a de criar ferramentas intuitivas e investir em formação prática – inclusive para os nossos Parceiros de canal – para que possam ser os verdadeiros facilitadores de IA junto dos clientes. As empresas que já começaram esta jornada, mesmo que em pequena escala, estão claramente a ganhar vantagem. As que ainda não começaram, precisam de apoio e confiança. É esse o nosso papel e o papel do canal de distribuição ou seja, importante para educar, formar e mostrar valor através de casos práticos. Com a IA, todos ganhamComo otimista que sou, a IA, nomeadamente a generativa, veio para ficar e continuar. O verdadeiro desafio, neste momento, não é só tecnológico, também é estratégico e cultural. Vai transformar a forma como trabalhamos, como tomamos decisões, como servimos os nossos clientes. As empresas que perceberem isso a tempo — e tiverem Parceiros preparados para guiá-las nessa transição — vão ganhar uma vantagem real e sustentável. O meu convite é simples: experimentem. Comecem pequeno e com impacto. A IA já está ao alcance das PME e acredito que vamos levá-la mais longe. No fim do dia, não vai substituir ninguém: quem souber trabalhar com IA, vai liderar o futuro.
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