Jorge Bento em 2022-5-09
Quando o principal argumento de comunicação de uma empresa é dizer que tem “produto na prateleira” ficamos a pensar que algo vai mal no reino da Dinamarca
Os últimos anos têm sido uma verdadeira prova de fogo para empresas e empresários; o volume de informações inesperadas e alarmantes com que somos confrontados diariamente provoca aquilo que um amigo médico designa, com ironia, de “inibição por excesso de substrato”, um termo da biologia que livremente emprega quando alguém paralisa por não conseguir processar tanto estímulo externo. Neste turbilhão de variáveis onde os Parceiros hoje têm de se mover, acertar com antecedência na disponibilidade e preço passaram a ser críticos. Shortage, um termo antigo, mas que era desconhecido de quase todos os clientes, agora é jargão corrente nas conversas. O que não fica claro são as razões do que aconteceu, porque aconteceu e está a acontecer e porquê, mesmo sem COVID-19, ainda continuará por mais uns longos meses, e isso é motivo de surpresa para muitos que legitimamente esperavam que o fim da pandemia fosse o fim do shortage. Na mais recente edição do IT Channel, na análise “Shortage – Pesadelo no Canal” tentamos explicar porque o COVID-19 quase nunca foi a principal razão da falta de disponibilidade de equipamentos, porque o “buraco está mais abaixo” e como os governos ocidentais entram a terreiro para ajudar a ultrapassar o mais negligenciado pelos nossos fabricantes de semicondutores - controlarem o “chão da fábrica”.
Diretor do IT Channel |