Bruno Santo, General Manager do Enterprise Business Group da Huawei em Portugal em 2019-8-01
Quando pensamos no futuro, pensamos num mundo cada vez mais inteligente e conectado. Mas há muito que já percebemos que não o conseguiremos sozinhos. E sem trabalho colaborativo e a conjugação de vários esforços não será possível. Este é, na verdade, um caminho que precisamos de fazer juntos e é por isso que as relações com os vários parceiros são tão importantes.
Bruno Santo, General Manager do Enterprise Business Group da Huawei em Portugal
Nem sempre os negócios são realizados de forma direta. Muitas vezes, acontecem através da ação da rede de parceiros, passando a ser eles os principais embaixadores e transmissores da mensagem. Aliás, é através da colaboração com parceiros que muitas empresas conseguem chegar a novos mercados. A formação é, também, um pilar essencial, que deve ser incentivado num sistema de parceiros que se quer verdadeiramente robusto, encorajando à partilha de conhecimento diferenciado em várias áreas. Um ecossistema de parceiros coeso e consistente é fundamental e deve ser convictamente incrementado, através, por exemplo, de programas dedicados a parceiros específicos, que podem estar divididos em diferentes níveis, como vendas, soluções, serviços, investimento, talentos, sem esquecer a componente social. E, para tal, a tecnologia pode ter um papel importante. Tecnologias inovadoras como o 5G, a computação em nuvem ou a inteligência artificial prometem revolucionar a construção das smart cities, safe cities e smart campuses. Mas o uso crescente destas tecnologias traz também vários desafios. É, assim, fundamental apostar na formação e em métodos de trabalho colaborativo que destacam ainda mais a relação que é estabelecida com as redes de parceiros. Esta revolução tecnológica espelha-se nos setores da energia, financeiro e transportes, e é um futuro que se torna cada vez mais próximo, possibilitando a criação de um mundo totalmente ligado e inteligente. E há tecnologias sem as quais este cenário nunca conseguiria materializar-se, como, por exemplo, soluções de cloud, big data, inteligência artificial e Internet of Things (IoT). São elas que tornam o que se pensava outrora impossível em algo facilmente acessível. As ligações de rede estão também a crescer de forma exponencial e os novos serviços emergentes, como Realidade Virtual ou vídeo 4K/8K, impõem requisitos mais rigorosos. Contudo, nem sempre as redes de telecomunicações existentes conseguem dar a devida resposta. É nesse sentido que ganham cada vez maior importância as soluções que ajudam os operadores a lidar com desafios arquitetónicos e a criar arquiteturas de rede centradas na experiência do utilizador. Porque, afinal, esta deve ser a prioridade de todos os negócios. E, para qualquer negócio, a influência da tecnologia é efetivamente notória, com várias mais-valias para as empresas e também para a própria economia. Esta influência pode ser também sentida numa rede de parceiros, já que as novidades tecnológicas permitiram também aproximar, ainda mais, as relações e simplificar alguns processos. Com estas novas tecnologias, surgiram também muitos conceitos novos, nem sempre fáceis de compreender. São exemplos o routing ou o switching, duas áreas em forte expansão do setor de Redes e Sistemas de Informação que revelam um grande crescimento e procura no mercado nacional no que diz respeito às soluções tecnológicas para as empresas. Todas estas mudanças se verificam diariamente nas nossas vidas, mas têm-se igualmente revelado basilares para melhorar a atividade e produtividade das empresas, que conseguem agora agilizar, em grande medida, os seus processos, facilitando também o próprio desempenho dos colaboradores. Esta é mesmo uma preocupação cada vez maior das empresas, de tal forma que a International Data Corporation (IDC) prevê que se registe, já em 2019, um investimento de mais de mil milhões de dólares em transformação digital, um aumento de 17,9% em relação ao ano anterior. Outro exemplo é que os investimentos em hardware e serviços vão representar mais de 75% dos gastos de transformação digital em 2019, também de acordo com os dados mais recentes divulgados pela IDC. Temos assistido a uma crescente aposta a este nível, e o apoio e confiança de uma rede de parceiros sólida revela-se crucial no caminho para o sucesso dos negócios. A criação e fidelização de um ecossistema de parceiros revela-se, há já algum tempo, de uma importância vital, sendo fundamental que esteja em sintonia com os objetivos de negócio da empresa e alinhado com as estratégias de atuação no mercado ICT. É, por isso, que algumas empresas já tomaram a dianteira neste caminho e desenvolveram uma aposta contínua na formação e certificação, que pode ser conseguido através de programas de parceiros com vários níveis de certificação e incentivos. Cada vez mais, as empresas devem estar focadas no desenvolvimento de redes fortes de parceiros, contribuindo, assim, para o seu próprio crescimento, capital e humano. E esta é uma corrida na qual ninguém ficar para trás e todos querem ser vencedores. |