Luiz Fernando Siqueira, Project Director da WEDOIT Global em 2024-8-30
A cada dia que passa, as soluções tecnológicas tornam-se mais complexas, exigindo não só conhecimento técnico, mas uma capacidade quase sobre-humana de posicionar-se em múltiplas frentes. Neste contexto, a presença de gestores de projeto altamente qualificados tornou-se essencial para garantir que a implementação de infraestruturas de TI ocorra de forma eficaz e sem percalços
Luiz Fernando Siqueira, Project Director da WEDOIT Global
Na verdade, o mundo dos negócios já não é para amadores. A integração de múltiplos sistemas, a evolução frenética das tecnologias emergentes e a pressão por respostas ágeis não deixam espaço para improvisos. Cada projeto tecnológico requer uma coordenação meticulosa entre diferentes equipas, fornecedores e plataformas, enquanto se mantém o foco nos objetivos estratégicos da organização. Por isso, sem uma gestão de projetos competente, o risco de atrasos e orçamentos ultrapassados torna-se significativamente maior. Nesta nova realidade, a presença de gestores de projeto qualificados é crucial para garantir a coesão e a eficácia do planeamento. De acordo com dados do estudo “Talent Gap: Ten-Year Employment Trends, Costs and Global Implications”, publicado pelo Project Management Institute (PMI), espera-se que 25 milhões de novos gestores de projeto entrem no mercado de trabalho até 2030 para responder às necessidades das empresas. Os gestores de projeto não coordenam apenas as diferentes fases de um projeto, mas também garantem que todas as partes interessadas estejam alinhadas com os objetivos finais. A sua capacidade de prever e mitigar riscos, bem como de adaptar os planos conforme as necessidades, torna-os uma peça-chave no sucesso das iniciativas tecnológicas. No entanto, nem todas as empresas estão no mesmo barco. Muitas Pequenas e Médias Empresas (PME) ainda dependem de uma gestão informal ou confiam em colaboradores multitarefa para liderar os seus projetos de TI. Esta abordagem, embora tenha funcionado no passado, representa um risco significativo no ambiente atual. As consequências? Falhas críticas, desperdício de recursos e, inevitavelmente, perda de competitividade. Mas exigem soluções. Enquanto as grandes empresas já integram equipas internas de gestão de projetos bem estruturadas, as PME têm a oportunidade de se destacar ao externalizar esta função para especialistas. Desde a pandemia, a indústria de outsourcing emergiu mais forte do que nunca, oferecendo às PME uma oportunidade de ouro para se equiparar às grandes corporações. Em Portugal, o outsourcing é quase “obrigatório” para empresas que desejam crescer. A competitividade é grande e as exigências dos mercados são incomportáveis para a maioria das pequenas e médias organizações. Este modelo permite que as PME acedam à mesma expertise e eficiência que as grandes empresas, sem a necessidade de investir numa equipa interna permanente. Assim, conseguem garantir a execução eficaz dos seus projetos de TI e ganhar flexibilidade para se adaptar às mudanças tecnológicas. A chave para o sucesso de qualquer empresa que queira prosperar na economia digital passa por parcerias bem-sucedidas que trazem habilidades diversas para alcançar um objetivo comum. Num mundo onde a tecnologia avança a toda a velocidade, o sucesso não é para os despreparados. É para quem sabe que a chave para vencer é alavancar as habilidades e experiência de especialistas. Em resumo, a gestão de projetos permite que as PME operem de maneira mais eficiente, reduzam riscos e maximizem as suas oportunidades de sucesso no mercado. As PME que apostem em gestores de projeto vão conseguir inovar e focar-se no seu negócio principal, com a consciência de que alguém está a pôr as mãos à obra. |