2014-7-29

OPINIÃO

Juan Leal Cárdenas, Director Geral da Lexmark Ibérica

Os dados não utilizados dentro das nossas empresas

Em média, cerca de 80% dos dados dentro de uma empresa são considerados não-estruturados – de acordo com a consultora Gartner. Mas, o que significa isto?

Os dados não utilizados dentro das nossas empresas

Juan Leal Cárdenas, Director Geral da Lexmark Ibérica

Existe ainda uma grande quantidade de informação empresarial que se encontra em documentos de texto, apresentações, gráficos, email, áudio, vídeo, páginas web e em software de escritório. Classificar dados como não-estruturados não significa que estes não têm qualquer estrutura – significa antes que não se encaixam em bases de dados ou como parte do modelo de dados relacionais empresarial. Sendo a grande maioria dos dados de uma empresa deste tipo, o conteúdo deixou os trabalhadores desconectados da informação que necessitam para serem produtivos e isto gera informação baseada em papel que deve ser capturada e levada para os sistemas de negócios mas que, no entanto, se mantem frequentemente não-estruturada.

Desafio
Não só existem muitos dados não-estruturados por todas as empresas, como a criação de novos dados nunca foi tão distribuída e a velocidade com que esta informação se movimenta nas redes e é armazenada estão a aumentar.

Gerir dados não-estruturados é extremamente importante se uma empresa quer melhorar a sua eficiência – bem como reduzir os custos de armazenamento e o cumprimento de regulamentos. Esta tarefa tem sido dolorosamente difícil devido ao tempo, recursos e despesas necessárias para introduzir manualmente, processar e classificar este enorme volume de dados. Este processo não é só bastante demorado, como também propenso a erros.

O trabalho não se tornará mais fácil por si só. Apesar dos nossos melhores esforços para encurralar o “animal não-estruturado”, este tipo de dados continua a crescer. Os analistas da Gartner preveem que este tipo de dados cresça 800% durante os próximos cinco anos, o que representa um verdadeiro desafio para as organizações que querem automatizar e melhorar a sua capacidade de perceber o seu negócio, antecipar o futuro e agir rapidamente perante o risco e as oportunidades. Se os empresários não tiverem o software certo para se preparem para estes futuros problemas de gestão de conteúdo, é melhor começarem a preparar-se.

A Abordagem “Digitalizar tudo”
Pior: muitos dos processos empresariais existem como dados não-estruturados na cabeça dos trabalhadores e sem qualquer abordagem para captura, gestão, comunicação, medição e melhoria. Quando as próprias atividades de trabalho não são estruturadas, o comportamento do dia-a-dia dos trabalhadores carece de coesão e eficiência.

Para muitas empresas, a reação instintiva é tentar digitalizar tudo o que está à vista e armazenar de forma a que fique guardado. Mas isto nada faz para resolver o problema dos dados não-estruturados. De facto, pode até tornar a situação pior: a não ser que a informação seja catalogada e identificada adequadamente, todo este conteúdo adicional tem de ser pesquisado manualmente cada vez que alguém quiser encontrar alguma coisa.

No ambiente vivido hoje, voltado para a informação, a forma como se processa dados críticos pode arruinar o negócio ou então torná-lo bem sucedido. Por isso, é crítico obter a informação certa para as pessoas certas, no tempo e formato indicados.

Mudar quanto aos dados não-estruturados
O elemento vital é introduzir inteligência e automação no processo de captura. Agora, em vez de serem adicionados à pilha de dados não-estruturados, os documentos são classificados com precisão de acordo com o seu conteúdo, a informação crítica é levantada de acordo com o seu contexto e depois validada e passada continuamente para as aplicações core business e workflows.

A Captura Inteligente com níveis elevados de precisão torna os dados não-estruturados em informação estruturada. Como tal, torna-se parte de um modelo de dados que podem ser indexados e integrados. Além disso, este processo pode ser feito no ponto de captura, mesmo em ambientes distribuídos. Assim, começa a ser possível criar uma captura, processamento, distribuição, armazenamento e solução de recuperação de informação end-to-end.

Conclusão
Quando esta abordagem é implementada de forma correcta e contínua, torna-se possível transformar processos dispendiosos e propensos a erros em operações simplificadas, geradoras de receita, que acrescentam valor. Ao automatizar estes processos, os colaboradores podem gastar mais tempo no que realmente importa – crescimento do negócio e melhoria da satisfação do cliente.

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