João Castanheira, Consultant na Michael Page em 2023-9-28
Portugal é um país que rapidamente é reconhecido pela sua história rica, paisagens e cultura vibrante, mas é de destacar que cada vez mais é um país a afirmar- se no setor das Tecnologias de Informação
João Castanheira, Consultant na Michael Page
Durante a última década, Portugal registou um crescimento significativo no mercado de trabalho de TI, tornando-o, não só, destino atrativo para novos profissionais de tecnologia que procuram novas oportunidades, mas, também, proporcionando um mercado competitivo para os residentes da área. Atualmente, conseguimos distinguir alguns perfis com uma maior necessidade no mercado. Os Developers ou Engenheiros de Software, são perfis em alta procura, com uma referência especial a developers fullstack pela sua versatilidade. Com o crescimento das decisões orientadas por dados num mercado cada vez mais digital, os Data Scientist e Analyst são um perfil em grande ascensão. Por outro lado, com a implementação e valorização de metodologias ágeis, é preciso cada vez mais fechar a fenda entre o mundo de desenvolvimento e o mundo de operações, havendo um enorme destaque para perfis de DevOps e/ou Site Reliability Engineers. Com a crescente aposta na cloud e em plataformas como a AWS, GCP ou Azure, cada vez mais se procuram também Arquitetos e Engenheiros Cloud. Por outro lado, as empresas mostram uma crescente preocupação com a área da segurança da informação, o que leva, paralelamente, a uma crescente procura de profissionais da área de cibersegurança. Alguns perfis que se demonstram, ano após ano, mais relevantes no mercado são os engenheiros de machine learning (com o eminente crescimento e importância das inteligências artificiais) e os QA/Engenheiros de Teste, associados à importância de entregar produtos operacionais e finalizados, num mercado cada vez mais competitivo. É de destacar, no entanto, que o mercado de TI é extremamente volátil e dinâmico, e o que hoje é um nicho, amanhã é uma tendência. Mas a real e atual tendência desta indústria em Portugal, deriva de alguns fatores, tais como:
A grande fatia de empresas que estão a tentar atrair novos talentos no mundo de TI, nos últimos anos, são startups tecnológicas (que cada vez mais prosperam na aposta de um modelo de trabalho flexível e diferenciado); grandes aglomerados multinacionais de tecnologia; empresas de consultoria (que ativamente recrutam uma enorme diversidade de talento para diferentes projetos); e, por fim, outsourcing e prestadores de serviço. Mas, num mercado tão ativo, quais são os principais fatores para tal? Por um lado, embora o custo de vida geral de Portugal seja relativamente mais baixo do que muitos outros países da Europa Ocidental, os profissionais de TI ainda podem usufruir de salários competitivos, especialmente em funções que exigem competências especializadas. Outro fator emergente, refere-se ao facto de que as diferentes culturas organizacionais cada vez mais colocam uma forte ênfase no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, oferecendo aos colaboradores mais tempo para desfrutar da sua vida pessoal. Por outro lado, o setor tecnológico em Portugal oferece amplas oportunidades de progressão na carreira que permite aos profissionais a oportunidade de aceitar projetos desafiantes, e desenvolver um leque de competências relevante. Adicionando isso à oportunidade de trabalhar para empresas multinacionais ou startups com alcance global e que proporcionem exposição a mercados internacionais, ajuda, não só, os profissionais a desenvolver um conjunto diversificado de competências e redes de contactos, mas, também, a criar um mercado dinâmico e competitivo. O mercado de trabalho de TI em Portugal está a crescer, oferecendo inúmeras oportunidades. Com um leque diversificado de empregadores, salários competitivos e boa qualidade de vida, Portugal tornou-se um destino atrativo para candidatos de fora que procuram desenvolver as suas carreiras neste setor, e para manter e motivar o talento residente. |