Miguel Teixeira, Sales Manager, Ciben em 2021-11-03
Atualmente falamos e escrevemos muito sobre a união perfeita entre tecnologia e negócio. Parece algo novo, uma regra mágica e inovadora que surgiu com a Indústria 4.0
Miguel Teixeira, Sales Manager, Ciben
Mas a verdade é que ninguém reinventou a roda. Há anos que a tecnologia ajuda os negócios a crescer e a evoluir. Há anos que as empresas percebem que esta parceria dá bons frutos. Então qual é a novidade agora? A novidade é que nunca houve tanta oferta, nunca a oferta foi tão direcionada e personalizada, nunca a evolução foi tão rápida, nunca a tecnologia foi tão sofisticada e nunca a sua intervenção e influência na “vida ou morte” de um negócio foi tão grande. Ou seja, nunca foi tão importante escolher bem. Mas a tecnologia pode matar um negócio? Claro que sim!. E da pior maneira – de forma lenta e dolorosa. Modernizar a empresa não é substituir as velhas “torres” por portáteis, mudar servidores, aumentar a cobertura de rede, investir em dispositivos móveis ultra high tech para as equipas ou comprar um software que finalmente acaba com o papel. É muito mais que tudo isto. É verdade que o tema da transformação industrial está centrado na conversão entre a tecnologia da informação e a tecnologia de operações. Mas, no fundo, ninguém quer comprar hardware, software ou soluções. Quer sim comprar automatização, desempenho, produtividade, agilidade, competitividade, melhores resultados, informação relevante e determinante para o negócio. A oferta atual é extremamente vasta a vários níveis – quantidade, qualidade, complexidade, especificidade. Nesta Indústria 4.0 não há tamanhos únicos ou soluções “unisexo” . A personalização é crucial para o sucesso desta relação tecnologia-negócio. Não existem negócios iguais, mesmo que estejam dentro da mesma área de atuação. Todas as empresas têm necessidades, pontos-fracos, culturas, equipas, modelos de trabalho e estratégias diferentes. E todos este pontos importam, porque todos eles são essenciais para um processo de transformação bem sucedido. Não basta a tecnologia. A união perfeita entre tecnologia e negócio é aquela que minimiza ou elimina os pontos fracos, potencia os pontos fortes e dá às equipas e às empresas todas as ferramentas necessárias para conseguirem tudo o resto: o tal automatismo, produtividade, agilidade, competitividade. Depois é preciso que essas empresas e equipas sofram também elas um processo de transformação, com a reorganização e requalificação de recursos, e novos modelos de trabalho e de gestão. Também não existe uma religião de marca ou fabricante. O importante é que todas as soluções sejam ajustadas às necessidades e objetivos da empresa, e que trabalhem de forma perfeita umas com as outras – e isto é crucial. A tal morte lenta é alimentada pela escolha de soluções desajustadas, pela contratação de projetos sobre ou subdimensionados, pela falta de integração das diferentes soluções e pela falta de visão 360º de todo o processo de transformação e dos objetivos futuros. Então como conseguimos acertar na fórmula e dosagem certas? Voltamos ao título: Como unir a tecnologia ao negócio? Com muita perícia, análise interna e de mercado, preparação, boa liderança, boa gestão de recursos e bons parceiros. A Indústria 4.0 é uma mudança disruptiva no processo produtivo, que impacta toda a cadeia de valor. Para garantirem sucesso nesta nova Era, as empresas têm de saber fazer boas parcerias tecnológicas e alianças estratégicas, reunir talentos com interesses comuns e garantir que os sistemas físicos, digitais e humanos trabalham de forma mais colaborativa. |