Jorge Gonçalves: Diretor no mercado de Indústria na Minsait, uma empresa da Indra, em Portugal em 2022-2-21

OPINIÃO

Automatização e colaboração: dois fatores chave na relação com os Parceiros comerciais?

A Automatização, que podemos definir de uma forma simples como a “substituição de tarefas humanas repetitivas por tarefas realizadas por máquinas (no caso sistemas aplicacionais)”, é um dos vetores da eficiência operacional e uma necessidade real para aumentar a produtividade e a velocidade no processamento de tarefas e processos de negócio, com a implícita redução de erros

Automatização e colaboração: dois fatores chave na relação com os Parceiros comerciais?

Jorge Gonçalves: Diretor no mercado de Indústria na Minsait, uma empresa da Indra, em Portugal

Este processo tem sido aplicado em empresas de diferentes setores e dimensões, para várias funções e objetivos, na maioria dos casos tendo como principal foco os processos internos das organizações, pois é o ambiente que melhor conhecemos e controlamos. Para o sucesso da automatização são necessários interfaces aplicacionais e tecnologias como OCR - Reconhecimento ótico de carateres, para a leitura automática de documentos PDF (encomendas, faturas, guias de remessa, …), RPA – Robots para automatização de processos, para a simular tarefas humanas de inserção de dados em aplicações (in house ou web) e tecnologia EDI – Transação eletrónica de dados e documentos, para envio e ou receção de encomendas, guias de remessa ou faturas, entre outras.

No entanto, a otimização e automatização dentro das empresas (Intra Empresa) está limitada à dimensão das organizações/empresas e, como tal, os resultados que se conseguem obter serão em função dessa mesma dimensão. Para melhorar estes resultados precisamos de alargar os horizontes e incluir os Parceiros comerciais, clientes e fornecedores, (Inter Empresa), dentro do processo otimização e automatização, promovendo a sua produtividade e eficiência e conseguir melhores resultados. Deste modo, consegue criar-se um ecossistema de relação eficiente e inteligente com grandes benefícios de produtividade e competitividade na nossa cadeia de fornecimento/valor.

Para se alcançar resultados importantes e com valor expressivo no negócio, no que respeita à automatização dos Parceiros, devemos também ter em conta qual o objetivo de criação de uma cadeia de fornecimento inteligente com valor para todos os intervenientes, ligando as “ilhas” de informação de cada participante. Neste caso, a partilha de dados eletrónica possibilita não só a automatização, como a colaboração para a eficiência dos processos e negócio. 

Nesta perspetiva, existem vários casos onde foram utilizados modelos de melhorias táticas de processos de negócio como, por exemplo, a partilha de informação de preços e produtos, de stocks e de previsões de necessidades de materiais, para que os Parceiros comerciais se possam adaptar às suas necessidades de procura tendo em conta dados concretos. Outros aplicaram reengenharia de processos de negócio, como por exemplo de VMI – Inventário Gerido pelo Fornecedor, otimizando assim o foco na sua atividade core, reduzindo stocks e tarefas de procurement associadas, espaço de armazém, entre outros. 

Desta forma, a automatização deverá ser encarada como um fator chave que cria sinergias importantes em termos de relação com os Parceiros comerciais, pois promove a sua produtividade e eficiência, gerando outcomes muito positivos, tornando assim o tecido empresarial mais competitivo

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