Hugo Oliveira, Partners & Ecosystem Director da Sage Iberia em 2024-7-15
A paisagem digital está num processo de rápida transformação. Para as empresas que estão mais preparadas para se adaptarem às mudanças, estamos a presenciar um verdadeiro boom evolutivo, impulsionado pela disseminação da tecnologia de IA, soluções Cloud Native e análise de dados
Hugo Oliveira, Partners & Ecosystem Director da Sage Iberia
Estes fatores são determinantes para explicar também o impulsionar das despesas com TI, que se prevê que atinjam 5 biliões (trillion) de dólares em 2024, um aumento de 8% em relação ao ano passado. E, à medida que o mercado entra nesta nova fase, o mesmo podemos dizer das oportunidades de expansão do canal. A utilização de novas tecnologias permite que as empresas sejam mais reativas a disrupções do mercado – podemos designar esta capacidade das PMEs de agilidade digital. Os projetos de transformação digital em grande escala contribuem para aumentar a eficiência, reduzir os custos e promover a inovação. Por seu lado, são os revendedores de software empresarial que desempenham um papel crucial neste processo, impulsionando a adoção de tecnologias inovadoras para as empresas de uma forma que também atenua os riscos de cibersegurança e aumenta a proteção dos dados. Neste momento, as regras do jogo para os revendedores de TI, como intermediários entre editores de software e o utilizador final, estão também em processo de transformação. De forma clara, a sua abordagem está a transitar de um modelo assente na mera venda de licenças para abarcar o aconselhamento estratégico, concentrando-se em ajudar os seus clientes a compreender como utilizar a tecnologia para crescer. São os parceiros de canal que, considerando as exigências atuais do mercado, podem desbloquear novas oportunidades significativas de crescimento. E quais são estas exigências? Em resumo, são soluções personalizadas, suporte contínuo e formação especializada para maximizar o valor dos investimentos em tecnologias das PMEs. Este novo papel também envolve novas exigências. Enquanto consultores estratégicos, os revendedores precisam de proporcionar às PMEs apoio em aspetos fundamentais das suas operações. Nomeadamente uma compreensão profunda das tecnologias emergentes, incluindo IA e automação, bem como das dinâmicas de mercado e desafios enfrentados pelas empresas modernas, como em matéria de cibersegurança. A procura de IA e automação está a aumentar entre as empresas de canal, é certo. Mas a implementação destas tecnologias nos clientes envolve desafios claros, incluindo preocupações com a privacidade e a segurança dos dados, ou mesmo a compreensão limitada destas novas tecnologias. No âmbito da cibersegurança e proteção de dados essa necessidade de apoio é igualmente clara. A IA e a cibersegurança são fundamentais para impulsionar a agilidade digital, que é cada vez mais um foco para as empresas de canal e os seus clientes. Seja porque aumenta o crescimento e capacidade de expansão, aumenta a competitividade do mercado, ou porque melhora a eficiência de custos, a procura por agilidade digital promove a inovação; a colaboração alimenta o crescimento mútuo. Onde a standardização domina, os revendedores vão poder continuar a acrescentar valor para os clientes com a integração de novas tecnologias. Para os revendedores, isto significa conseguir guiar os clientes além da simples transação de compra e venda. Para as empresas, o benefício é um acesso mais fácil a soluções avançadas, aplicações práticas e orientação especializada. Com a mudança para a consultoria estratégica a representar uma tendência acentuada na relação entre revendedores e clientes, os parceiros de canal estão bem posicionados para continuar a crescer. Acompanhando esta transformação, irão satisfazer as exigências atuais do mercado, bem como potenciar a agilidade digital dos clientes enquanto moldam o futuro das empresas nos variados setores e asseguram um desenvolvimento sustentável. |