Henrique Carreiro em 2020-12-29
A promessa era de que a evolução da tecnologia tornaria tudo mais simples, ao possibilitar a automatização, deixando a todos nós, humanos, mais tempo livre para tarefas lúdicas. Era a promessa, mas não é a realidade
Os sistemas de informação complexificaram-se. O ritmo de atualização obriga a um reposicionamento constante das competências e à dificuldade em encontrar recursos adequados a toda esta panóplia de serviços. No recente Predicts 2021, a Gartner identificou alguns dos desafios que se colocarão aos CIO em 2021:
Uma das propostas mais interessantes avançadas nesta análise é a de que os departamentos de IT de diversas organizações tenderão a adotar práticas de partilha de talento entre si. A ideia é que funcionários de uma companhia possam colaborar com outra em determinados projetos mantendo, contudo, o vínculo à companhia mãe. A premissa é curiosa e devemos avaliá-la com cuidado, antes de a tomarmos como irrealista. Este ano atípico, a Hilton partilhou colaboradores com a Amazon, por exemplo. É, talvez, mais viável, num contexto de teletrabalho – e certamente, entre empresas de setores diferentes e não concorrenciais. Talvez a aceleração digital, que é toda ela baseada no conceito de partilha, precisa que se repensem as próprias organizações, para que sejam elas também baseadas, para o próximo – e necessário -- passo. |