Sérgio Azevedo, Managing Director da Streamroad Consulting em 2020-4-17

OPINIÃO

Marketing & Vendas

A pergunta de um milhão de dólares: quanto tempo vai isto durar?

Depois de meses e meses a defender o planeamento como principal fator de sucesso de uma estratégia de marketing, surge uma pandemia e deita tudo por terra. Falemos, pois então, das oportunidades que se apresentam

A pergunta de um milhão de dólares: quanto tempo vai isto durar?

Sérgio Azevedo, Managing Director da Streamroad Consulting

Incerteza é a palavra de ordem. São muitas as informações que todos os dias nos entram em casa pelas televisões, mas o rumo da história que estas notícias contam, muda a cada hora que passa. E as empresas não podem viver “na corda bamba”, sem saber como será o mês ou o trimestre seguinte.

Quem trabalha em Vendas e/ou Marketing - sem menosprezo de qualquer outra atividade - sabe o quão importante é poder planear, antecipar, prever, adiantar-nos aos desafios e apresentar soluções. Mas como esta cadeia de pensamento é agora mais difícil, impõem- se novas estratégias.

Como não podemos adiantar o calendário um ano, e também não temos resposta para a questão que dá título a este artigo, o melhor é prepararmo-nos para um mau cenário – esperando, claro, que o melhor aconteça!

Não estaria a ser honesto e transparente convosco se não começasse, desde logo, por admitir o quão impactante toda esta crise tem sido, quase desde o seu primeiro minuto, para o nosso negócio, como agência de marketing que somos – um negócio com uma parte significativa apoiada na organização de eventos, todos cancelados ou, no melhor dos cenários, adiados.

E agora?

Como diz o velho provérbio, “a necessidade aguça o engenho”, pelo que não nos resta mais do que ver oportunidades onde hoje existem dificuldades, reinventar-nos, adaptarmos o negócio e – quem sabe – encontrar um novo rumo que nos permita aplicar as nossas competências com sucesso e que possamos continuar a seguir, mesmo depois de tudo passado.

Talvez por nos movermos no mundo das TIC desde sempre, torna- se mais fácil detetarmos essas oportunidades, mas conseguimos perceber a dificuldade que muitas outras organizações sentiram ao ver-se obrigadas a implementar medidas baseadas em soluções tecnológicas, sobretudo empresas mais pequenas, com menos recursos e competências digitais.

Porque é disso mesmo que falamos, da importância de acelerar as soluções para esta nova realidade, através da digitalização dos canais de comunicação com parceiros e clientes e da automatização de processos.

A verdade é que o mundo digital veio abrir portas a novas formas de comunicação e, sobretudo, criar oportunidades inovadoras de negócios. Como tenho vindo a dizer em artigos anteriores, as empresas que pretendam ter sucesso nos dias de hoje, têm que recorrer a estratégias de marketing digital assertivas e segmentadas, com vista a obterem os melhores resultados para o target que perseguem.

Entre as vantagens de ter ao seu lado uma agência de marketing preparada para os tempos que atravessamos, destaca-se a possibilidade de fazer uso de modelos de comunicação digitais, ter apoio de especialistas na área, que o ajudem a definir as melhores estratégias, mas também a cumprir as regras do RGPD e a integrar múltiplas plataformas.

As ferramentas de automatização de Marketing são hoje um trunfo fundamental. Só com uma coordenação sustentada por regras de privacidade, conteúdos relevantes e personalizados para os destinatários, se conseguem os melhores resultados.

E, por fim, o teletrabalho, que assume aqui uma importância central e obriga a uma mudança na cultura empresarial. É tempo de implementar ou intensificar, caso a empresa já utilize, o recurso a equipamentos, ferramentas e software colaborativo por todos. Desde logo, estamos perante uma oportunidade de negócio importante para o canal das TIC, uma vez que muitas empresas, tendo sido “apanhadas desprevenidas”, não têm a sua força de trabalho devidamente equipada para este cenário.

Em resumo…

O que é importante é continuarmos a trabalhar para manter a nossa sobrevivência e proteger a nossa frágil economia, mantendo o nível de produção tão elevado quanto possível.

Neste setor de vanguarda, temos todos que ter capacidade de fazer isto. As TIC são cruciais neste processo e põem ao nosso dispor canais e ferramentas de grande valor para que continuemos a trabalhar e – mais do que isso – a sermos produtivos e rentáveis.

O estado tem anunciado mecanismos de apoio às empresas, mas infelizmente não vai conseguir chegar a todos, pelo que temos que fazer a nossa parte para atingir um objetivo fundamental: tentar não precisar dessa ajuda, reservando-a para quem realmente dela irá necessitar.

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