Henrique Carreiro em 2020-6-25
É certo que enquanto a chamada “fadiga do Zoom” se instalou em muitos dos que passaram os últimos meses em horas sucessivas de reuniões por via da câmara do computador, outros considerarão que não há retorno possível às formas de trabalho tradicionais
Henrique Carreiro
A intensa competição que se passou a verificar no mercado da videoconferência, levará a um ciclo de evolução rápida no software, agora que empresas como a Microsoft e a Google se viram na necessidade de provar valor face a uma emergente Zoom. Mas ainda assim, a experiência é, na maioria dos casos, insatisfatória. É assim que a realidade aumentada (RA) ganhou agora um fôlego renovado, com uma justificação que parecia faltar-lhe. Recentemente, a Airbus anunciou uma parceria em RA com a Microsoft. Um dos primeiros casos de utilização propostos foi que este pudesse ser utilizado para ajudar os funcionários da produção da Airbus a aceder a instruções, enquanto as mãos estão ocupadas. Mas a empresa identificou outras oportunidades: facilitar a formação sem ser necessário usar equipamento extra, ou exigir que o formando se desloque ao local onde o equipamento se encontra. Melhorias introduzidas na plataforma usada (HoloLens 2), permitem que os utilizadores manipulem hologramas da mesma forma que o fariam a objetos físicos. Não apenas visualização, mas interação. Os auscultadores também oferecem capacidade de rastreamento dos movimentos dos olhos do utilizador – e de modularem o som aproveitando essa informação. Não que nos faltem, agora, oportunidades para interações virtuais. O que todos sentimos é que estas têm muito espaço para crescer. A RA pode tornar-se mais do que uma bússola para nos ajudar a navegar nesta nova realidade quotidiana: não a solução, mas o vislumbre de uma solução. |