2023-5-09
De acordo com a IDC, apesar da queda nas vendas de tablets e Chromebooks, os níveis não estão abaixo da pré-pandemia
As vendas mundiais de tablets registaram uma queda anual de 19,1% no primeiro trimestre de 2023, totalizando 30,7 milhões de unidades, de acordo com o Worldwide Quarterly Personal Computing Device Tracker da IDC. Segundo o especialistas, o volume de vendas é, agora, comparável aos níveis pré-pandémicos – com 30,1 milhões de unidades vendidas em 2019 e 31,9% em 2018. As previsões indicam que as vendas no primeiro semestre deverão continuar baixas, com os fornecedores concentrados em desfazerem-se do stock antes de lançaram novos modelos. As vendas de Chromebooks também contraíram no primeiro trimestre, totalizando 3,8 milhões de unidades, uma queda anual de 31%. Contudo, o declínio mensal foi muito menor, já que as vendas aumentaram ligeiramente no final do trimestre, com alguns fornecedores a receberem pedidos devido a um aumento esperado no custo de licenciamento do Chrome OS no segundo semestre de 2023, explica a IDC. Todos os fornecedores de tablets registaram uma queda no trimestre, à medida que os colaboradores retornaram ao escritório e os consumidores se revelaram mais cautelosos com os gastos, enfraquecendo a procura. Contudo, com sinais de recuperação económica global e o alívio da inflação, a IDC afirma que melhorias no segundo semestre são expectáveis. No trimestre, a Apple ficou em primeiro lugar entre os fornecedores, seguida da Samsung, ambos perfazendo quase 58% de quota do mercado. A Huawei subiu para terceiro lugar, apesar das vendas terem decrescido 9,7%. Na quarta posição encontra-se a Lenovo e em quinta a Amazon, com um declínio acentuado de 62%. “Os fornecedores de tablets entraram no primeiro trimestre de 2023 com cautela. Como esperado, os volumes comerciais e de consumo foram baixos, já que o ambiente macro permaneceu incerto ao longo do trimestre”, disse Anuroopa Nataraj, senior research analyst da IDC. “No entanto, o que é notável é o impacto positivo que as restrições da pandemia tiveram na adoção de tablets e quantos fornecedores aproveitaram a oportunidade para conceber e vender modelos que suportaram adequadamente os casos de uso. Por exemplo, os tablets de tela grande, ideais para o ensino remoto e situações de trabalho híbrido, aumentaram significativamente as vendas em comparação com os níveis pré-pandemia”, esclareceu. “Apesar da queda nas vendas de tablets, há algum motivo para otimismo, já que mais fornecedores estão a prestar atenção ao ambiente”, disse Jitesh Ubrani, research manager em Mobility and Consumer Device Trackers da IDC. “O recente lançamento da OnePlus e o próximo Pixel Tablet da Google são sinais claros de que há vontade do lado da oferta. A reentrada do Google é de particular interesse, pois tem o potencial de melhorar a experiência do tablet Android, ao mesmo tempo em que torna o tablet parte integrante de uma smart home”, concluiu. |