Vendas de PC diminuíram, mas mercado deverá crescer a longo prazo

Em comparação a maio de 2020, o volume de vendas de PC diminuiu no espaço europeu, no entanto, os resultados são substancialmente superiores aos do mesmo período em 2019. Mesmo com o decréscimo a nível europeu em relação ao ano anterior, fortemente impactado pela pandemia e difícil de igualar, as vendas subiram consideravelmente na maioria dos principais mercados. Segundo novos dados da Context, a demanda por PC deverá ser forte na segunda metade de 2021, prevendo um crescimento anual de um dígito para os portáteis.

Marie Christine Pygott, analista sénior da Context explica que “a mudança a longo prazo em direção à mobilidade que a pandemia potenciou, está em andamento. Embora possa haver uma desaceleração na demanda do consumidor, à medida que as pessoas voltam a passar mais tempo fora de casa e que os preços sobem”.

A Context delineou algumas fatores que poderão ter levado ao decréscimo. Numa primeira instância, houve uma desaceleração das atividades educativas presenciais e um aumento da digitalização. Como tal, no caso do Reino Unido, o Departamento da Educação comprou 1,3 milhões de laptops e tablets para o ensino à distância se cumprir, durante a pandemia. 

A diminuição está ainda muito ligada ao período do ano no qual se estabelece a comparação. Abril de 2020, foi, se não o primeiro, o segundo mês de confinamento para a maior parte dos países. Com a população quase toda circunscrita ao domicílio e uma grande parte em teletrabalho, o volume de vendas de laptops disparou (+45%), influenciando inevitavelmente o panorama do mercado atual.

Pygott acrescenta que “a longo prazo as expectativas são muito saudáveis. O trabalho híbrido e a demanda constante do setor da educação vão impulsionar as vendas no espaço comercial, portanto, mesmo com a elevada base de 2020 e os contínuos problemas de abastecimento, vamos assistir a um crescimento geral no segundo semestre de 2021”. Em relação aos desktops, há também boas notícias e sinais de recuperação, com as vendas na Europa a aumentarem 14% em relação ao período homólogo.