2019-1-04
A Apple tomou o passo raro de rever as expectativas de vendas para o último trimestre do ano. O mercado bolsista foi implacável e a empresa de Cupertino viu as suas ações descerem quase 10%
3 de outubro de 2018. As ações da Apple atingiam os 232,07 dólares, dando uma avaliação de 1,12 biliões de dólares à tecnológica. Em agosto, a empresa tinha-se tornado na primeira a atingir uma avaliação de “one trillion dolars”. Andamos três meses para a frente, para 3 de janeiro de 2019. Um dia depois da Apple ter anunciado que as vendas de iPhone no último trimestre de 2018 não seriam tão boas quanto inicialmente esperava que fosse, as ações fecharam a 142,19 dólares. Em apenas três meses, a tecnológica de Cupertino viu as suas ações descer perto de 90 dólares. Entre o fecho do dia 2 de janeiro e o fecho de dia 3 de janeiro, as ações desceram mais de 15 dólares. Em apenas três meses a Apple perdeu 450 mil milhões de dólares em valor. A Apple nomeou a economia na China como uma das principais responsáveis para a revisão das vendas do iPhone. As tarifas da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos continuam a fazer vítimas. Apesar de um acordo entre os dois presidentes para não aplicar novas taxas durante um período de negociação de 90 dias, há vários sinais de que o crescimento na China está a desacelerar. A China reviu o crescimento económico no país dos 6,5% para 6,3%. A diferença parece curta, afinal é apenas de 0,2%, mas é um valor elevado tendo em conta que estamos a falar de um país com 1,4 mil milhões de habitantes. As vendas de retalho no país cresceram 8,1% em novembro de 2018 e a taxa de crescimento em questão foi a mais baixa dos últimos 15 anos. É de esperar que a Apple não seja a única empresa a sofrer com a diminuição das vendas na China. Muitas outras tecnológicas, como Intel, AMD, NVIDIA e Qualcomm, estão expostas ao que se passa na China. E o alerta deixado pela Apple deve ser levado em conta. |