2017-2-06
Os gigantes tecnológicos como a Apple, Facebook, Microsoft, Amazon e Google uniram-se e redigiram uma carta aberta ao presidente dos EUA, Donald Trump, onde mostram o seu desagrado face ao decreto assinado pelo presidente, que impede a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos no país
Silicon Valley uniu-se em peso contra a polémica medida de Donald Trump, que veda a entrada nos EUA a cidadãos oriundos de sete países muçulmanos e o desagrado foi expressado numa carta aberta, assinada pela Apple, Facebook, Microsoft, Amazon, Alphabet (empresa mãe da Google) e pela Uber, na qual salientam a importância que os cidadãos estrangeiros têm tido e continuam a ter para a economia do país e sobretudo para este setor. A carta já foi publicada por diversos meios de comunicação americanos e destaca, sobretudo, que estas empresas dependem bastante de talento imigrante para conseguirem serem bem-sucedidas, e adverte que esta política anti-imigração pode vir a afetar muitos trabalhadores que têm vistos e que serão, deste modo, proibidos de contribuir para a economia do país. A Apple é uma das empresas que está assumidamente contra a medida de Trump. De acordo com Tim Cook, a empresa nem sequer “existiria sem a imigração, e muito menos teria sido capaz de prosperar e inovar da forma que o faz”, visto que o pai do seu fundador, Steve Jobs, era de nacionalidade síria. Tal como a Apple, a Amazon é uma das tecnológicas que mais tem manifestado o seu desagrado face à política do presidente. "Desde o nascimento do país, a América tem sido uma terra de oportunidades – recebendo bem os recém-chegados e dando-lhes a oportunidade de construírem família, carreiras e negócios nos Estados Unidos. Somos uma nação que se tornou mais forte devido aos imigrantes. Como empreendedores e líderes de empresas, a nossa capacidade para fazer crescer as nossas companhias e criar empregos depende dos contributos dos imigrantes de todas as origens", começa assim a carta aberta a Donald Trump. As vozes de Silicon Valley já se fazem ouvir por todo o mundo. Mas estará Donald Trump recetivo? |